Publicado em: 07/08/2019 às 10:30hs
Os futuros do café arábica operam com leve baixa nesta manhã de quarta-feira (07) na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado volta a cair depois de testar valorização na véspera acompanhando a comercialização no Brasil.
Por volta das 08h57, o vencimento setembro/19 tinha queda de 30 pontos, a 96,75 cents/lb. O dezembro/19 perdia 35 pontos, a 100,25 cents/lb e o março/20 anotava 103,75 cents/lb com 40 pontos de perdas.
No Brasil, no último fechamento, o tipo 6 duro era negociado a R$ 421,00 a saca de 60 kg em Guaxupé (MG) e em Poços de Caldas (MG) estavam valendo R$ 395,00.
Veja como fechou o mercado na terça-feira:
Café: Após 5 quedas seguidas, cotações encerram a terça-feira com altas de 1,5% em NY
Após cinco dias seguidos acumulando perdas, os vencimentos do café arábica encerraram a terça-feira (06) contabilizando valorizações entre 140 e 145 pontos na Bolsa de Nova York (ICE Futures Group).
O contrato Setembro/19 teve alta de 140 pontos, a 97,05 cents/lb. Para o contrato Dezembro/19, a valorização foi de 145 pontos, a 100,60 cents/lb. Março/20 acumulou ganhos de 140 pontos, a 104,15 cents/lb e Maio/20, elevação de 145 pontos, a 106,50 cents/lb.
Esses números representaram ganhos de 1,46 % para o setembro/19, 1,46% para o dezembro/19, 1,36% para o março/20 e 1,38% para o maio/20, com relação ao fechamento da última segunda-feira (05).
Segundo informações de Jack Scoville, analista de grãos do Blog Price Group, as altas desta terça-feira vieram com a possibilidade dos produtores de café segurarem as vendas em busca de preços melhores e de possíveis complicações na safra brasileira.
“A colheita do Brasil está se movendo e os produtores estão tentando armazenar a safra devido aos baixos preços atuais. Os relatórios indicam que os rendimentos não são realmente fortes e que a qualidade da cultura é fraca devido ao clima extremo visto no início da estação de crescimento”, diz Scoville.
As preocupações sobre a oferta também atingem a próxima safra brasileira e a qualidade da produção no Vietnã. “Há previsões de chuvas que podem criar floração prematura para a próxima safra e os produtores estão mostrando alguma preocupação. O Vietnã também está relatando rendimentos mais baixos para a safra atual, já que o clima não era bom para a floração no início do ano. Houve alguns períodos quentes e secos que prejudicaram a produção e a qualidade desses cultivos”, aponta o analista.
Mercado Interno
No mercado brasileiro a maioria das movimentações também aconteceram do lado positivo das cotações.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé/MG com saca a R$ 460,00 – com estabilidade. Já a maior oscilação aconteceu em Poços de Caldas/MG que teve alta de 1,14% e a saca valendo R$ 445,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca/SP com a saca negociada por com a saca negociada por R$ 415,00 e valorização de 2,47%, a maior registrada para o tipo.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Guaxupé/MG com saca a R$ 411,00 sem movimentações. A maior alta foi registrada em Franca/SP, 2,50%, e R$ 410,00 a saca.
Ainda nesta terça-feira, a Cooxupé divulgou boletim reportando que a colheita de café dos seus cooperados havia atingido 87,35% da área total até o dia 2 de agosto, avanço de cerca de 5 pontos percentuais em uma semana.
As atividades estão mais aceleradas ante o mesmo período do ano passado (72%), quando a safra foi maior, e também em ritmo mais forte na comparação com 2017 (82,86%), outro ano de baixa produtividade do arábica.
No que diz respeito à oferta, a Cooxupé citou estimativa de produção de 7,6 milhões de sacas por seus associados neste ano, mesmo número divulgado anteriormente. No ano passado, a colheita atingiu 8,4 milhões de sacas.
Fonte: Notícias Agrícolas
◄ Leia outras notícias