Publicado em: 01/08/2018 às 10:50hs
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda próxima de 80 pontos nesta manhã de quarta-feira (1º). O mercado externo do grão se acomoda tecnicamente depois de altas seguidas nos últimos dias, repercutindo a safra brasileiro, e com pressão do câmbio, que impacta as exportações.
Por volta das 09h27 (horário de Brasília), o contrato setembro/18 registrava queda de 85 pontos, a 109,05 cents/lb, enquanto o dezembro/18 anotava 112,30 cents/lb com recuo de 80 pontos. Já o vencimento março/19 caía 85 pontos, a 115,75 cents/lb, enquanto o maio/19 tinha desvalorização de 85 pontos, a 118,15 cents/lb.
No Brasil, no último fechamento, o tipo 6 duro era negociado a R$ 430,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP), em Guaxupé (MG) os preços estavam cotados a R$ 437,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estavam valendo R$ 445,00 a saca.
Veja como fechou o mercado na terça-feira:
Café: Em ajustes, Bolsa de Nova York recua 150 pts nesta 3ª feira e reverte ganhos recentes
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta terça-feira (31) com queda de mais de 150 pontos. Depois de duas altas seguidas, o mercado externo do grão realizou ajustes técnicos durante o dia. No entanto, analistas ainda não consideram o cenário como uma reversão de tendência.
O vencimento setembro/18 fechou o dia com queda de 150 pontos, a 109,90 cents/lb e o dezembro/18 anotou 113,10 cents/lb com recuo de 150 pontos. Já o contrato março/18 registrou 116,60 cents/lb com 145 pontos de desvalorização e o maio/19, mais distante, fechou a sessão com 145 pontos de baixa, a 119,00 cents/lb.
Depois de altas seguidas, o mercado do arábica testou ajuste e o vencimento referência de mercado caiu abaixo do patamar de US$ 1,10 por libra-peso. No entanto, uma reversão ainda não foi configurada. O mercado repercutia nos últimos dias as informações de tempo seco no Brasil e a possibilidade dos reflexos dessa condição para a próxima temporada.
"Lavouras de arábica no Brasil estavam começando a esboçar estresse devido à falta de chuva nos últimos meses. Tem sido um inverno seco. Os meses que antecederam o inverno também estavam secos e o tempo está afetando as árvores no momento. É muito possível que alguma produção possa ser perdida, especialmente para o próximo ano", disse o analista e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.
A colheita do café nesta temporada continua no país. Segundo levantamento da Cooxupé (Cooperativa dos Cafeicultores de Guaxupé), os trabalhos dos cooperados alcançaram 65,12% do total até 27 de julho, ante 55,73% na semana anterior. Apesar do avanço por conta do tempo seco, a colheita segue atrasada no país.
Mapas do centro de previsão da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, mostram ainda a tendência de que mais chuvas devem chegar até áreas do Sudeste e Centro-Oeste do Brasil nos próximos dias. Meteorologistas alertam, no entanto, que previsões de longo prazo ainda precisam de confirmação.
Mercado interno
O mercado do café tem negócio isolados neste início de semana com produtores mais atentos aos trabalhos de colheita. "Sem nenhuma informação de peso nos fundamentos, o mercado físico de café permaneceu calmo, com os cafeicultores voltados para os trabalhos de colheita, que agora avançam bem e começam a recuperar o atraso inicial", disse em boletim o Escritório Carvalhaes.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Franca (SP) (-2,06%) e Poços de Caldas (MG) (estável), ambas com saca a R$ 475,00. A maior variação no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com recuo de 3,19% e saca a R$ 455,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca cotada a R$ 465,00 e alta de 2,20%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças verificadas.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Franca (SP) (estável) Poços de Caldas (MG) (estável) e Média Rio Grande do Sul (+1,14%), ambas com saca a R$ 445,00. A maior oscilação no dia ocorreu em Araguari (MG) com queda de 2,22% e saca a R$ 440,00.
Na segunda-feira (30), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 432,52 e queda de 0,06%.
Fonte: Notícias Agrícolas
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