Publicado em: 23/05/2018 às 10:12hs
Depois de cinco altas seguidas, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda próxima de 100 pontos nesta manhã de quarta-feira (23). O mercado externo do grão se acomoda tecnicamente depois de acompanhar atentamente o câmbio e informações climáticas no Brasil, maior produtor e exportador.
Por volta das 09h20 (horário de Brasília), o contrato julho/18 estava cotado a 119,65 cents/lb com queda de 120 pontos e o setembro/18 anotava 121,90 cents/lb com recuo de 140 pontos. Já o vencimento dezembro/18 tinha desvalorização 160 pontos, a 125,10 cents/lb, e o março/19, mais distante, tinha 165 pontos negativos, a 128,50 cents/lb.
Com base no relato de operadores externos, a Reuters internacional destacou que os futuros do arábica receberam apoio na véspera dos relatos de leves geadas em áreas isoladas do Brasil. A repercussão da informação gerou cobertura de vendidos no mercado. Além disso, o câmbio também deu suporte aos preços externos.
No Brasil, no último fechamento, o tipo 6 duro era negociado a R$ 450,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP), em Guaxupé (MG) os preços estavam cotados a R$ 475,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estavam valendo R$ 454,00 a saca.
Veja como fechou o mercado na segunda-feira:
Café: Cotações do arábica avançam cerca de 50 pts nesta 3ª em NY com atenção ao frio no Brasil e câmbio
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta terça-feira (22) com alta próxima de 50 pontos. O mercado teve mais um avanço com suporte do dólar, que impacta as exportações, e novas preocupações com a recente onda de frio no Brasil, maior produtor e exportador do grão. Lavouras foram atingidas nos últimos dias.
O vencimento julho/18 registrou na sessão 120,80 cents/lb com alta de 60 pontos e o setembro/18 anotou 123,05 cents/lb com 60 pontos de avanço. Já o contrato dezembro/18 fechou o dia com 126,60 cents/lb e valorização de 65 pontos, enquanto o março/19, mais distante, avançou 70 pontos, fechando o dia a 130,05 cents/lb. Essa é a quinta alta consecutiva.
Com base no relato de operadores externos, a Reuters internacional destacou que os futuros do arábica receberam apoio dos relatos de leves geadas em áreas isoladas do Brasil, país que representa importante fatia da produção global e que iniciou a colheita nos últimos dias. A repercussão da informação gerou cobertura de vendidos no mercado.
O frio continua sobre o Centro-Sul nos próximos dias, segundo mostram modelos climáticos. "A tendência nos próximos dias é de que a temperatura vá subindo devagar, mas as noites e o começo da manhã ainda serão frios. A temperatura não fica tão baixa como nesta segunda-feira, mas muitas áreas do Sudeste vão registrar marcas em torno dos 10°C até o fim da semana", noticiou a Climatempo.
O Escritório brasileiro do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) estimou que a produção de café no Brasil atinja 60,2 milhões de sacas de 60 kg nesta temporada, um incremento de 18% ante a temporada anterior. Em sua mais recente atualização, a Conab previu produção de 58 milhões de sacas beneficiadas no país na safra 2018/19.
Além disso, o câmbio também dá suporte aos preços externos do grão. O dólar comercial recuou nesta terça 1,20%, cotado a R$ 3,6447 na venda, com operadores acompanhando o mercado externo e após atuação do Banco Central depois de altas seguidas da divisa estrangeira. O dólar mais baixo em relação ao real tende a desencorajar as exportações da commodity.
"O dólar está enfraquecido... (com a) leitura de que a tensão entre Estados Unidos e China caminha para um desfecho sem a incidência de tarifas", comentou a corretora H.Commcor em relatório. As informações são da Reuters.
Mercado interno
Os negócios no mercado interno de café ficaram mais aquecidos nos últimos dias. "A valorização do dólar compensou com folga a queda da semana em Nova Iorque e o mercado físico brasileiro de café movimentou-se. Com ofertas melhores, cresceu o volume de negócios. Vários lotes que estavam parados por diferenças de preços entre compradores e vendedores de 15 a 20 reais foram fechados", disse em boletim semanal o Escritório Carvalhaes.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 508,00 e queda de 0,97%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com baixa de 1,24% e saca a R$ 476,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Varginha (MG) com saca cotada a R$ 470,00 e queda de 2,08%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 475,00 e baixa de 1,04%. A maior oscilação dentre as praças no dia foi registrada em Lajinha (MG) com recuo de 2,27% e saca a R$ 430,00.
Na segunda-feira (21), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 458,01 e alta de 0,48%.
Fonte: Notícias Agrícolas
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