Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta de mais de 150 pontos nesta manhã de sexta-feira (05). O mercado externo do grão estende os ganhos registrados na véspera com operadores ainda atentos ao câmbio e safra brasileira e suporte de movimentações técnicas.

Por volta das 09h32 (horário de Brasília), o contrato dezembro/18 trabalhava com alta de 170 pontos, a 108,65 cents/lb e o março/19 anotava 112,05 cents/lb com avanço de 165 pontos. Já o vencimento maio/19 trabalhava com 165 pontos de ganhos, a 114,45 cents/lb e o julho/19 tinha valorização de 155 pontos, a 116,75 cents/lb.

No Brasil, no último fechamento, o tipo 6 duro era negociado a R$ 420,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP), em Guaxupé (MG) os preços estavam cotados a R$ 433,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estavam valendo R$ 416,00 a saca.

Veja como fechou o mercado na quinta-feira:

Café: Bolsa de Nova York tem leve alta nesta 5ª e se recupera de parte das perdas da véspera

As cotações futuras do café arábica encerraram a sessão desta quinta-feira (04) com leve alta na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) e se recuperaram de parte das perdas da véspera. O mercado externo do grão ainda acompanha as oscilações do dólar ante o real e movimentações técnicas.

O vencimento dezembro/18 fechou o dia com alta de 20 pontos, a 106,80 cents/lb e o março/19 anotou 110,25 cents/lb com avanço de 20 pontos. Já o vencimento maio/19 registrou 112,60 cents/lb com valorização de 20 pontos, enquanto o julho/19 teve 20 pontos de ganhos, a 115,00 cents/lb.

Ajustes são vistos e operadores acompanham as oscilações cambiais no mercado. "O real está caindo um pouco hoje... e isso ajudou a recuperação dos preços, tanto do açúcar quanto do café", disse para a Reuters Jack Scoville, analista e vice-presidente da Price Futures Group.

O dólar comercial acabou encerrando a sessão desta quinta-feira com alta de 0,22%, cotado a R$ 3,8960 na venda, mas caiu nas últimas três sessões. A divisa esboçou correção e ainda assimila a última pesquisa para a Presidência. O câmbio impacta diretamente nas exportações.

Ainda não há uma tendência definitiva para os preços externos do café. Para Shawn Hackett, analista da Hackett Financial Advisors, no período pré-eleitoral ainda podem haver oscilações. "Nós podemos oscilar entre 1,04 dólar e 1,10 dólar até termos o resultado final da eleição (brasileira)", disse para a Reuters internacional.

Após o final da colheita, a próxima safra brasileira também está em foco. "Na maior parte das regiões acompanhadas, restam apenas uma pequena parcela de grãos nos terreiros para ser beneficiada e a colheita de poucas lavouras tardias. As precipitações favoreceram a abertura de uma nova grande florada nos cafezais", disse em nota o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).

Mercado interno

Os negócios com café no mercado brasileiro esboçaram melhora nos últimos dias com os avanços externos que refletiram também nos preços físicos. Além disso, com o fim da colheita, produtores têm tem ofertado mais suas produções.

"Na maior parte das regiões acompanhadas, restam apenas uma pequena parcela de grãos nos terreiros para ser beneficiada e a colheita de poucas lavouras tardias", disse em nota o Cepea.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 460,00 e alta de 0,88%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com avanço de 2,33% e saca a R$ 440,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca cotada a R$ 440,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças foi registrada em Poços de Caldas (MG) com alta de 2,40% e saca a R$ 427,00.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Franca (SP) (+1,16%) e Vitória (ES) (estável), ambas com saca a R$ 435,00. A maior oscilação no dia foi registrada ocorreu em Poços de Caldas (MG) com avanço de 2,46% e saca a R$ 416,00.

Na quarta-feira (03), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 423,86 e queda de 0,27%.