As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta de cerca de 100 pontos nesta manhã de quinta-feira (25). O mercado externo do grão se acomoda tecnicamente e volta a avançar acima do patamar de US$ 1,20 por libra-peso depois de registrar leve baixa na véspera.

Por volta das 09h26 (horário de Brasília), o contrato dezembro/18 trabalhava com alta de 120 pontos, a 121,45 cents/lb e o março/19 anotava 125,25 cents/lb com avanço de 120 pontos. Já o maio/19 trabalhava com ganhos de 115 pontos, a 127,80 cents/lb e o julho/19 tinha valorização de 125 pontos, a 130,25 cents/lb.

No Brasil, no último fechamento, o tipo 6 duro era negociado a R$ 460,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP), em Guaxupé (MG) os preços estavam cotados a R$ 461,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estavam valendo R$ 452,00 a saca.

Veja como fechou o mercado na quarta-feira:

Café: Após alta, cotações do arábica recuam mais de 70 pts nesta 4ª em NY com câmbio e em ajustes

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta quarta-feira (24) com queda de mais de 70 pontos. Depois de trabalhar em parte do dia em alta, estendendo os ganhos da véspera, o mercado passou para o lado vermelho da tabela acompanhando a valorização do dólar ante o real.

O contrato dezembro/18 fechou o dia com queda de 85 pontos, a 120,25 cents/lb e o março/19 anotou 124,10 cents/lb com recuo de 75 pontos. Já os lotes com vencimento para maio/19 registraram 126,65 cents/lb com desvalorização de 75 pontos, enquanto o julho/19 teve 70 pontos de perdas, a 129,05 cents/lb.

O mercado externo do arábica subiu mais de 300 pontos na véspera com suporte da cobertura de vendidos, segundo informou a Reuters internacional. Nesta quarta-feira, no entanto, ajustes técnicos passaram a ser vistos e a valorização do dólar ante o real voltou a movimentar as cotações da variedade.

O dólar comercial encerrou o dia com alta de 1,33%, cotado a R$ 3,7463 na venda, com aversão ao risco no exterior e com investidores no aguardo do desfecho da eleição no domingo (28). O dólar mais alto em relação ao real tende a encorajar as exportações da commodity, mas em compensação pressiona as cotações.

"A notícia das bombas nos Estados Unidos é algo relevante, aumentou a aversão ao risco global, pode ser um ataque terrorista", disse para a agência de notícias Reuters o diretor de operações da Mirae, Pablo Spyer, ressaltando o incidente nesta quarta que causou nervosismo no mercado financeiro externo.

Em menor intensidade, segundo o analista Jack Scoville, operadores também acompanham informações sobre o Brasil. "Condições mais secas são necessárias para a colheita, mas grandes chuvas estão sendo relatadas na maior parte da região. As chuvas podem, eventualmente, impactar a qualidade e a produtividade", disse.

Mercado interno

Apesar da queda pontual nos preços internos do arábica no início da semana, os tipos seguiram a semana em alta e negócios ainda são registrados nas praças brasileiras. "A alta das cotações atraiu um maior número de vendedores nos últimos dias e a liquidez esteve elevada", disse em nota o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 494,00 e alta de 0,41%. A maior oscilação no dia dentre ocorreu em Lajinha (MG) com avanço de 4,44% e saca a R$ 470,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca cotada a R$ 475,00 e alta de 1,06%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 470,00 e alta de 1,08%. A maior oscilação no dia foi registrada em Média Rio Grande do Sul com avanço de 3,41% e saca a R$ 455,00.

Na terça-feira (23), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 456,81 e alta de 2,11%.