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Café: Cotações do arábica buscam acomodação nesta manhã de 4ª feira na Bolsa de Nova York

Por volta das 09h18 (horário de Brasília), o contrato dezembro/18 trabalhava com queda de 20 pontos, a 96,90 cents/lb e o março/19 anotava 100,50 cents/lb com recuo de 15 pontos


Publicado em: 26/09/2018 às 10:30hs

Café: Cotações do arábica buscam acomodação nesta manhã de 4ª feira na Bolsa de Nova York

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) buscam acomodação nesta manhã de quarta-feira (26). O mercado externo do grão se acomoda tecnicamente depois de recuar mais de 100 pontos e se aproximar das mínimas de mais de 10 anos com pressão do câmbio e informações do Brasil.

Por volta das 09h18 (horário de Brasília), o contrato dezembro/18 trabalhava com queda de 20 pontos, a 96,90 cents/lb e o março/19 anotava 100,50 cents/lb com recuo de 15 pontos. Já o maio/19 avançava 10 pontos, a 103,00 cents/lb e o julho/19 trabalhava com valorização de 10 pontos, a 105,40 cents/lb.

No Brasil, no último fechamento, o tipo 6 duro era negociado a R$ 400,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP), em Guaxupé (MG) os preços estavam cotados a R$ 408,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estavam valendo R$ 402,00 a saca.

Veja como fechou o mercado na terça-feira:

Café: Bolsa de Nova York estende perdas e cai mais de 100 pts nesta 3ª com dólar e safra do Brasil

Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta terça-feira (25) com queda de mais de 100 pontos. O mercado externo do grão estende perdas e volta a se aproximar das mínimas de mais de 10 anos ainda de olho na desvalorização do real e safra brasileira.

O vencimento dezembro/18 fechou o dia com queda de 135 pontos, a 97,15 cents/lb e o março/19 anotou 100,50 cents/lb com recuo de 140 pontos. Já o contrato com vencimento para maio/19 registrou 102,85 cents/lb e baixa de 150 pontos e o julho/19 teve desvalorização de 145 pontos, a 105,30 cents/lb.

Segundo informações reportadas por agências de notícias, com base no relato de operadores internacionais, o mercado do café arábica na ICE recuou com vendas por parte dos produtores do Brasil, maior produtor mundial, encorajados por mais um dia de queda do real ante o dólar nesta terça-feira.

O dólar comercial fechou o dia com leve queda de 0,12%, a R$ 4,0830 na venda, mas chegou na máxima do dia a R$ 4,1429, repercutindo a última pesquisa Ibope para a Presidência da República. As oscilações cambiais impactam diretamente nas exportações e influenciam também nos preços externos do grão.

"O mercado está em busca de uma baixa a curto prazo", disse para a Reuters internacional Keith Brown, operador de commodities na Moultrie. Especuladores também estão se desfazendo de suas posições compradas.

As cotações também acompanham o otimismo com a safra brasileira. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou na última terça-feira (18) que a produção brasileira de café pode totalizar neste ano 59,9 milhões de sacas beneficiadas de 60 kg. A maior da história do país.

"No Brasil o clima favorável aponta para a abertura de uma nova florada, a principal, e o mercado ficará de olho para ajustar suas expectativas. Hoje o consenso é de que o ano-safra de 2019/2020 ainda terá um superávit mundial, não as atuais 8.6 milhões de sacas de 18/19, mas talvez metade disto", disse Rodrigo Costa, analista e diretor da Comexim nos Estados Unidos.

A florada principal do café na safra 2019/20 abriu nesta semana na maior parte das áreas produtoras do Brasil, segundo mostram imagens enviadas por produtores ao Notícias Agrícolas e postadas em redes sociais. Por conta a alta produção neste ano e déficit em algumas áreas, pairam preocupações.

Mercado interno

Negócios isolados são registrados no mercado brasileiro de café, mas mais transações passaram a ser vistas com a necessidade de caixa. "Mesmo nestes anos de forte crescimento do consumo mundial e de grandes lucros para o comércio internacional, as bases de preços praticadas no mercado físico de café são ruinosas para a maioria dos cafeicultores em todo o mundo", disse em informativo o Escritório Carvalhaes.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 442,00 e queda de 0,67%. A maior oscilação ocorreu em Varginha (MG) com queda de 1,16% e saca a R$ 425,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação no dia em Franca (SP) com saca cotada a R$ 415,00 e queda de 1,19%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com baixa de 1,22% e saca a R$ 405,00.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Vitória (ES) com saca a R$ 432,00 e queda de 0,69%. A maior oscilação no dia foi registrada em Araguari (MG) com avanço de 2,50% e saca a R$ 410,00.

Na segunda-feira (24), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 406,47 e queda de 0,80%.

Fonte: Notícias Agrícolas

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