Publicado em: 27/05/2025 às 10:55hs
Os preços do café começaram esta terça-feira (27) em queda moderada nas principais bolsas internacionais. A combinação do clima favorável, o avanço da colheita no Brasil e as melhores projeções para a safra contribuíram para essa pressão de baixa nos contratos futuros de café arábica e robusta.
De acordo com o relatório da Consultoria Agro do Itaú BBA, a produtividade da safra brasileira tem impactado os preços, apesar do cenário global ainda apontar um déficit entre produção e consumo estimado em cerca de 6 milhões de sacas. Com base nas projeções da Conab para o Brasil, esse déficit pode chegar a 16 milhões de sacas.
A colheita do café robusta, especialmente o Conilon, está avançando rapidamente no Brasil, com rendimento e qualidade consideradas excelentes até o momento. Segundo a Hedgepoint, o Conilon tende a ser mais destinado ao mercado interno, já que sua colheita geralmente ganha ritmo antes do arábica. Atualmente, o Conilon está com 11% da colheita concluída, enquanto o arábica está com apenas 4%, totalizando 7% da safra nacional, valor inferior à média histórica de 10% para esta época.
Por volta das 9h (horário de Brasília), o café arábica registrava queda de 540 pontos, sendo negociado a 355,60 cents/lbp no contrato de maio/25. Os contratos de julho e dezembro também apresentavam baixa, cotados a 353,45 e 348,90 cents/lbp, respectivamente.
No caso do café robusta, o contrato de maio/25 caía US$ 93, cotado a US$ 4.697 por tonelada. Os contratos de setembro e novembro também apresentavam recuos, negociados a US$ 4.696 e US$ 4.679 por tonelada, respectivamente.
A previsão do Climatempo indica uma nova frente fria na região Sul do Brasil, que deve trazer instabilidades para algumas áreas produtoras do café no centro-sul do país. Entre quarta e quinta-feira, as condições climáticas adversas podem aumentar no Paraná, São Paulo e sul de Minas Gerais, e no fim de semana essa instabilidade deve alcançar o Cerrado Mineiro, além da faixa leste do Sudeste e Espírito Santo.
Embora não sejam previstas chuvas volumosas e prolongadas, o aumento da umidade poderá afetar temporariamente as atividades de colheita e secagem dos grãos.
Fonte: Portal do Agronegócio
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