Publicado em: 14/08/2018 às 10:50hs
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam próximas da estabilidade nesta manhã de terça-feira (14). Depois de quatro quedas seguidas, o mercado externo do grão parece buscar direcionamento. No entanto, o câmbio, rolagens e informações sobre o Brasil seguem ditando o mercado.
Por volta das 09h21 (horário de Brasília), o contrato setembro/18 registrava queda de 10 pontos, cotado a 106,15 cents/lb, enquanto o dezembro/18 anotava 109,35 cents/lb com 5 pontos de avanço. Já o vencimento março/19 subia 5 pontos, valendo 112,60 cents/lb e o maio/19 tinha valorização 5 pontos, a 114,95 cents/lb.
No Brasil, no último fechamento, o tipo 6 duro era negociado a R$ 420,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP), em Guaxupé (MG) os preços estavam cotados a R$ 437,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estavam valendo R$ 436,00 a saca.
Veja como fechou o mercado na segunda-feira:
Café: Cotações do arábica recuam 75 pontos nesta 2ª feira com pressão do câmbio e rolagens na Bolsa de NY
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta segunda-feira (13) com queda próxima de 75 pontos. O mercado externo do grão seguiu durante o dia pressionado pelo câmbio, rolagens de posições e, em menor intensidade, informações da safra 2018/19 do Brasil.
O vencimento setembro/18 encerrou a sessão com queda de 75 pontos, cotado a 106,25 cents/lb e o dezembro/18 registrou 109,30 cents/lb com recuo de 75 pontos. Já o março/18 anotou 112,55 cents/lb com desvalorização de 75 pontos e o maio/19, mais distante, teve baixa de 75 pontos, cotado a 114,90 cents/lb. Esse é o quarto pregão seguido de baixa.
Os preços externos do grão têm sido fortemente pressionados nos últimos dias com rolagens de posições do vencimento setembro/18 para o dezembro/18. Além disso, o mercado também sentiu forte pressão no dia do dólar, que mais uma vez disparou no Brasil ante o real, e se aproximou em parte do dia do patgamar de R$ 3,90.
Diante de preocupações com a situação da Turquia com aversão ao risco nos mercados globais, às 12h04, o dólar comercial avançava 0,73%, cotado a R$ 3,921 na venda. O dólar mais alto tende a encorajar as exportações da commodity, mas em compensação pressionam os preços externos do grão. O Brasil é o maior produtor e exportador de café.
"A preocupação se refere à exposição de bancos da zona do euro aos títulos turcos. Isso mesmo com o banco central turco estabelecendo medidas emergenciais", afirmou, em relatório, o economista-chefe do Home Broker ModalMais, Alvaro Bandeira. As informações são da Reuters.
O Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café) divulgou na última quinta-feira (09) que as exportações do Brasil em julho totalizaram 2,03 milhões de sacas de 60 kg com alta de 27,5% ante o mesmo mês do ano passado. A entidade considera o saldo positivo mesmo diante de problemas observados na movimentação de carga nos portos e navios.
"Destaca-se as exportações do café conilon, sinalizando uma boa safra nesse novo ano cafeeiro 2018/19. Importante também ressaltar que no primeiro mês desta nova safra, ainda em fase da colheita, já registramos bons números, como 2,03 milhões de sacas de café verde e 291 mil sacas de solúvel, com perspectivas de relevante recuperação para os próximos meses", disse Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.
Em menor intensidade, operadores externos também acompanham informações sobre a safra brasileira. "Lavouras de arábica estavam começando a mostrar estresse, devido à falta de chuva nos últimos meses. Alguma chuva foi relatado há uma semana, mas não chove desde então e há preocupações com florada precoce", disse em relatório o analista e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.
A colheita de café da safra 2018/19 dos cooperados da Cooxupé (Cooperativa dos Cafeicultores de Guaxupé), maior do grão no mundo, chegou a 72,1% até a última sexta-feira (03), segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira (08) pela entidade. Os trabalhos no campo ainda continuam atrasados em relação aos últimos dois anos.
Mercado interno
Os negócios com café seguiram lentos nos últimos dias e os preços neste início de semana ficaram estáveis ou caíram na maioria das praças. "O volume de negócios fechados continua baixo para um início de ano - safra. Os cafeicultores, insatisfeitos com as bases oferecidas, vendem apenas o necessário para cumprir seus compromissos mais próximos", informou em boletim o Escritório Carvalhaes.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca R$ 470,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com alta de 3,41% e saca a R$ 455,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca cotada a R$ 446,00 e alta de 1,36%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com alta de 3,61% e saca a R$ 430,00.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 437,00 – estável. A maior oscilação no dia nas praças verificadas ocorreu em Varginha (MG) com avanço de 2,44% e saca a R$ 420,00.
Na sexta-feira (11), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 426,36 e alta de 0,60%.
Fonte: Notícias Agrícolas
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