Publicado em: 13/09/2019 às 10:18hs
Os contratos futuros do café arábica operam com leve baixa nesta manhã de sexta-feira (13) na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado recua depois de avançar pela quinta sessão seguida na véspera com câmbio e atenção para o Brasil.
Por volta das 09h14, os lotes com vencimento para dezembro/19 caíam 40 pontos, a 103,20 cents/lb e o março/19 anotava 106,80 cents/lb com recuo de 40 pontos. O contrato maio/19 anotava 109,10 cents/lb com perdas de 35 pontos.
No Brasil, no último fechamento, o tipo 6 duro era negociado a R$ 451,00 a saca de 60 kg em Guaxupé (MG) e em Poços de Caldas (MG) estavam valendo R$ 430,00.
Veja como fechou o mercado na quinta-feira:
Café arábica testa baixa, mas encerra 5ª feira com leves altas na Bolsa de Nova York com câmbio e BR
Os futuros do café arábica encerraram a sessão desta quinta-feira (12) com leve alta na Bolsa de Nova York (ICE Futures Us). O mercado chegou a registrar baixa em parte da sessão, mas os preços voltaram a subir acompanhando o câmbio e informações do Brasil.
O vencimento dezembro/19 teve alta de 20 pontos, a 103,60 cents/lb e o março/20 anotou 107,15 cents/lb com ganhos de 25 pontos. O contrato maio/20 subiu 25 pontos, a 109,45 cents/lb e o julho/20 registrou avanço de 30 pontos, a 111,65 cents/lb.
Essa foi a quinta sessão seguida de avanço no mercado do arábica. O site internacional Barchart destaca que as perdas do arábica no início dos trabalhos foram minimizadas depois que o real teve alta ante o dólar e provocou cobertura de posições vendidas.
"Um real mais forte desencoraja as vendas de exportação de café do Brasil", destacou o site internacional. O dólar comercial encerrou a sessão desta quinta-feira com queda de 0,11%, cotado a R$ 4,06 na venda, acompanhando informações sobre o exterior.
"A guerra comercial tem sido o pilar de maior incerteza nos mercados e qualquer notícia boa sobre o assunto reflete em mais otimismo. A sinalização positiva antes das reuniões presenciais aumenta as expectativas de um acordo", disse Jefferson Laatus, sócio fundador do Grupo Laatus.
As altas recentes no mercado do arábica foram motivadas por conta de preocupações com a safra brasileira depois de instituições meteorológicas apontarem que áreas de Minas Gerais, maior estado produtor de café do Brasil, não registravam chuvas.
O tempo seco e as altas temperaturas ocorrem em um momento que as floradas da safra 2020/21 devem começar pelo cinturão produtivo. As atenções para a próxima safra, além da questão climática também estão na ferrugem.
"Nós temos muitas áreas há mais de 50 dias sem chuvas. Lavouras novas estão sentido muito a seca e lavouras velhas também sentem, já que tem sistema radicular mais superficial", disse Leonardo de Oliveira, engenheiro agrônomo de Cássia (MG).
Nos próximos sete dias, de acordo com o modelo Cosmo do Inmet, as chuvas mais volumosas no país seguirão sobre as regiões Sul e Norte do país. O estado de Minas Gerais não deve ter acumulados expressivos, seguindo a preocupação dos produtores do estado.
Mercado interno
Os preços do café arábica têm registrado alta nos últimos dias acompanhando o cenário externo. De acordo com analistas de mercado, os negócios nas praças de comercialização até acontecem, mas ainda com preços aquém do desejo do produtor.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Guaxupé (MG) com saca a R$ 500,00 – estável. A oscilação mais expressiva ocorreu em Poços de Caldas (MG) com alta de 1,48% e saca a R$ 480,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 450,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com alta de 1,62% e saca a R$ 440,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 451,00 – estável. A maior oscilação no dia ocorreu no Oeste da Bahia com saca a R$ 425,00 e alta de 3,66%.
Na quarta-feira (11), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 437,66 e alta de 1,48%.
Fonte: Notícias Agrícolas
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