As cotações futuras do café arábica operam com leve baixa nesta manhã de sexta-feira (14) na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado externo estende perdas ainda atento com a colheita do Brasil e estoques.

Às 09h17 (horário de Brasília), o vencimento julho/19 tinha queda de 20 pontos, a 97,10 cents/lb, o setembro/19 registrava 99,40 cents/lb com perdas de 35 pontos. O dezembro/19 perdia 35 pontos, a 103,20 cents/lb.

No Brasil, no último fechamento, o tipo 6 duro era negociado a R$ 410,00 a saca de 60 kg em Guaxupé (MG) e em Poços de Caldas (MG) estavam valendo R$ 385,00.

Veja como fechou o mercado na quinta-feira:

Café: Meteorologia e alta nos estoques privados no Brasil derrubam NY nesta 5ª

As cotações futuras do café arábica encerraram a sessão desta quinta-feira (13) com queda de mais de 150 pontos na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado do grão teve um dia de ajustes técnicos após ganhos recentes e acompanhou informações sobre a oferta.

O vencimento julho/19 fechou o dia com queda de 170 pontos, a 97,35 cents/lb, o setembro/19 anotou 99,75 cents/lb com perdas de 175 pontos. O dezembro/19 recuou 170 pontos, a 103,55 cents/lb e o março/20 registrou 107,20 cents/lb 160 pontos de baixa.

O contrato referência de mercado oscilou durante o dia entre máxima de 99,67 cents/lb e mínima de 97,28 cents/lb, segundo dados da Investing. Na véspera, o arábica teve alta de cerca de 200 pontos acompanhando preocupações com a safra brasileira.

A queda durante a sessão desta quinta-feira teve importante influência técnica, mas operadores no terminal externo também acompanharam informações meteorológicas sobre o Brasil, que está em plena colheita da safra 2019/20 de café.

"Os preços do café caíram acompanhando a previsão de condições meteorológicas favoráveis", destacou o site internacional Barchart. Pelo menos nos próximos 10 dias o tempo deve ser mais seco e contribuir para a colheita e qualidade.

Os trabalhos dos cooperados da Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé) chegou a 26,65% até o dia 7 de junho. A colheita está mais avançada ante os anos anteriores. A expectativa é que a produção na área de atuação chegue a 7,6 milhões de sacas.

A divulgação da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) sobre os estoques privados de café do Brasil também pesou sobre o mercado. A estimativa é que os estoques privados de café em 31 de março totalizaram 12,893 milhões de sacas de 60 kg, com alta de 31,2% ante 2018.

"A variedade arábica corresponde a 92% do total apurado, com cerca de 11,8 milhões de sacas do produto. Já o tipo conilon representa 8% do volume armazenado levantado, chegando a aproximadamente 1 milhão de sacas", disse a Conab.

Mercado interno

O mercado brasileiro de café arábica tem registrado menor volume de negócios nos últimos dias. "A forte volatilidade dos preços dos cafés arábica e robusta neste início de junho tem afastado agentes consultados pelo Cepea do mercado e, consequentemente, reduzido a liquidez doméstica", disse o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 435,00 e queda de 1,14%. A maior oscilação no dia ocorreu em Patrocínio (MG) com baixa de 1,19% e saca a R$ 415,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) (estável) e Varginha (MG) (-1,23%), ambas com saca a R$ 400,00. A maior oscilação ocorreu em Poços de Caldas (MG) com queda de 1,27% e saca a R$ 390,00.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) (-1,22%) e Média Rio Grande do Sul (estável), ambos com saca a R$ 405,00. A maior variação ocorreu em Poços de Caldas (MG) com queda de 1,30% e saca a R$ 380,00.

Na quarta-feira (12), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 407,84 e alta de 0,64%.