Publicado em: 25/07/2025 às 11:10hs
Os contratos futuros do café arábica continuam operando em alta na Bolsa de Nova York nesta sexta-feira (25), dando sequência aos ganhos registrados ao longo da semana. Por volta das 7h55 (horário de Brasília), os principais vencimentos apresentavam valorização entre 0,4% e 0,5%. O contrato com vencimento em setembro era negociado a 306,00 cents de dólar por libra-peso, enquanto o de março/26 era cotado a 291,20 cents.
O principal fator de sustentação dos preços continua sendo o clima no Brasil, com previsões de geadas que podem afetar regiões produtoras nos próximos dias. Além disso, o excesso de chuvas em Minas Gerais na última semana prejudicou ainda mais o potencial produtivo dos cafezais, fortalecendo as cotações.
Outro ponto que segue no radar dos operadores é a possibilidade de novas tarifas impostas por Donald Trump sobre produtos brasileiros. Caso sejam implementadas em 1º de agosto, essas tarifas podem reduzir significativamente a oferta de café brasileiro ao mercado dos Estados Unidos, ampliando a preocupação com o abastecimento global.
Na sessão anterior, o café arábica registrou forte valorização em Nova York, com alta superior a 1% — equivalente a mais de 300 pontos. O contrato de setembro encerrou o dia a 304,85 cents de dólar por libra-peso, enquanto o dezembro fechou em 297,00 cents. Já na Bolsa de Londres, o robusta também teve avanço expressivo, com elevação entre US$ 44,00 e US$ 49,00 por tonelada. O vencimento de setembro subiu para US$ 3.349,00 e o de novembro para US$ 3.304,00 por tonelada.
Apesar do movimento altista, o avanço da colheita brasileira vem atuando como fator limitante para novas altas. Segundo o Escritório Carvalhaes, a colheita da safra 2025/2026 já superou os 70% do total previsto. A colheita de conilon mostra recuperação em relação ao ano anterior, mas a do arábica apresenta desempenho inferior ao da safra passada.
“O benefício da nova safra de arábica preocupa. Os números apontam para uma quebra na renda acima da usual”, comenta Eduardo Carvalhaes, analista de mercado e diretor do Escritório Carvalhaes.
No mercado físico, as intensas oscilações nas bolsas internacionais dificultam o fechamento de negócios. Os produtores seguem cautelosos, sem aceitar as bases oferecidas por compradores, apesar da presença de interesse de compra para todos os padrões de café.
As vendas de conilon estão mais avançadas, com maior volume de negócios, enquanto o arábica tipo 6 bebida dura apresentou elevações em todas as praças monitoradas. Em Poços de Caldas (MG), por exemplo, o preço da saca subiu 3,33%, alcançando R$ 1.860,00. Em Machado (MG), a valorização foi de 3,33%, com a saca cotada a R$ 1.850,00. O cereja descascado teve preços variando entre R$ 1.950,00, em Campos Gerais (MG), e R$ 2.250,00, em Poços de Caldas (MG).
Já o conilon permaneceu estável na maioria das praças, com exceção de Vitória (ES), onde a saca teve alta de 0,75%, sendo negociada a R$ 941,00.
Fonte: Portal do Agronegócio
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