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Café: alta dos preços traz alívio a produtores na América Central e Colômbia

Os futuros do café arábica já subiram mais de 50% neste ano na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), devido ao clima quente e seco nas regiões produtoras do Brasil, e esse movimento também está impulsionando o mercado de cafés especiais


Publicado em: 21/02/2014 às 17:30hs

Café: alta dos preços traz alívio a produtores na América Central e Colômbia

Os cafés cultivados em áreas montanhosas na Colômbia e na América Central e colhidos manualmente são bastante procurados por torrefadoras por causa de seus sabores complexos. Devido à oferta mais restrita, esses cafés já são mais caros do que o arábica negociado na ICE. Agora, com a forte alta das cotações em Nova York, os preços dos cafés especiais também estão disparando.

No caso de alguns tipos de café colombianos, o prêmio em relação ao arábica negociado na ICE quase dobrou desde o final do ano passado, para cerca de 14 cents por libra-peso, disse Mauricio Bernal, executivo-chefe da exportadora A. Laumayer & Co., que tem sede em Medellín, na Colômbia. "É uma bênção que isso esteja acontecendo", disse Bernal sobre a alta dos preços.

Alguns meses atrás, no entanto, a situação era bem diferente. Em novembro do ano passado, por exemplo, cafeicultores estavam enfrentando dificuldades devido aos baixos preços internacionais, próximos de 100 cents/lb. Segundo eles, esse preço não era suficiente sequer para cobrir os custos de produção.

Henry Hüeck, presidente de dois grupos de agricultores da Nicarágua, disse que a paciência, em seu caso, compensou. À espera de melhores preços, ele havia vendido antecipadamente apenas um terço de sua safra. "Estamos muito contentes", disse. "Agora, estamos conseguindo cobrir os custos de produção ou até lucrar um pouco."

Outros produtores não tiveram tanta sorte. "Já vendemos nossa colheita", disse Nelson Guerra, administrador geral da cooperativa Café la Encarnacion, de Honduras.

A queda dos preços no ano passado foi particularmente dura para os cafeicultores da América Central, que já vinham sofrendo com a disseminação do fungo roya, causador da ferrugem do café. Fonte: Dow Jones Newswires.

Fonte: Agência Estado

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