Publicado em: 12/08/2025 às 15:00hs
A irrigação agrícola está passando por uma transformação com a adoção de tecnologias inteligentes que permitem o manejo remoto da água. Hoje, sistemas automatizados possibilitam ao produtor controlar bombas, válvulas e a fertirrigação via aplicativo, em tempo real, sem precisar estar fisicamente presente na lavoura.
Segundo Elidio Torezani, engenheiro agrônomo e diretor da Hydra Irrigações, essa inovação traz agilidade na tomada de decisões e diminui o esforço manual, liberando o tempo do produtor para outras atividades.
Além da comodidade, o principal benefício da automação está na maior eficiência do uso dos recursos. Ao programar a irrigação conforme a real necessidade da plantação, evita-se desperdício de água e energia elétrica, promovendo uma operação mais econômica e sustentável.
A gestão remota é especialmente eficiente quando associada à irrigação por gotejamento — técnica que aplica água diretamente nas raízes das plantas, otimizando a absorção. Com o controle digital, é possível ajustar com precisão o volume e o tempo de irrigação, reduzindo perdas.
O produtor Juan Travain de Souza, de Rondônia, adotou a automação na irrigação, secagem e pesagem das lavouras da Selva Café, que ele administra junto com outros quatro sócios. “Conseguimos acompanhar os processos mesmo à distância, o que trouxe mais confiabilidade, padronização e economia com mão de obra”, destaca.
Ele afirma que o uso da tecnologia resultou em redução de cerca de 30% no consumo de água e adubo. “Hoje, não consigo entender como alguém ainda faz irrigação sem monitorar a umidade do solo”, afirma Juan.
Ao eliminar tarefas manuais repetitivas, como percorrer grandes áreas para abrir ou fechar válvulas e verificar a umidade do solo, a automação libera o produtor para focar em decisões estratégicas que impactam diretamente na produtividade e qualidade de vida no campo.
Para Elidio Torezani, o uso inteligente das ferramentas digitais é essencial para aliar sustentabilidade e rentabilidade na agricultura. “Essa tecnologia não substitui o conhecimento técnico, mas potencializa os resultados de um manejo bem feito”, conclui.
Fonte: Portal do Agronegócio
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