Publicado em: 12/12/2025 às 11:40hs
Os preços do café arábica iniciaram esta sexta-feira (12) em queda nas bolsas internacionais, refletindo um movimento de ajustes e realização de lucros após vários dias de ganhos em Nova York.
Segundo análise do Escritório Carvalhaes, o recuo ocorre sem mudanças significativas nos fundamentos do mercado, que continuam marcados por incertezas climáticas e estoques globais baixos.
De acordo com o boletim do Escritório Carvalhaes, as condições climáticas seguem sendo um ponto de atenção no mercado global de café.
“As nossas regiões produtoras já enfrentaram, em 2025, diversos problemas climáticos, o que reduziu as expectativas para a safra de 2026”, destacou o relatório.
Mesmo com o recuo momentâneo, a falta de chuvas no Brasil e a oferta limitada mantêm o cenário de suporte aos preços futuros.
Dados do Climatempo mostram que Minas Gerais, principal estado produtor de café arábica do país, registrou apenas 11 mm de chuva na semana encerrada em 5 de dezembro, o que equivale a 17% da média histórica para o período.
A precipitação abaixo da média reforça a preocupação com o desenvolvimento das lavouras e mantém o clima como um fator de influência direta nas cotações.
Segundo informações da Bloomberg, o Vietnã, maior produtor mundial de café robusta, deve enfrentar chuvas isoladas e volumes ligeiramente abaixo da média no Planalto Central, principal região produtora do país, até 20 de dezembro.
Apesar disso, a oferta global de robusta tem melhor perspectiva, com aumento nas exportações vietnamitas.
Dados do Escritório Nacional de Estatísticas do Vietnã apontam que as exportações do país cresceram 39% em novembro em relação ao mesmo mês do ano passado.
No acumulado entre janeiro e novembro de 2025, houve alta de 14,8% nas exportações, o que contribui para aliviar a pressão sobre os preços do robusta no mercado internacional.
Por volta das 9h30 (horário de Brasília), o arábica apresentava queda de 330 pontos, cotado a 402,15 cents/lbp no vencimento dezembro/25.
Os contratos para março/26 registravam baixa de 160 pontos, a 374,60 cents/lbp, e para maio/26, recuo de 140 pontos, a 357,50 cents/lbp.
Já o robusta operava com perda de US$ 26, negociado a US$ 4.180/tonelada no contrato janeiro/26. Os contratos para março/26 caíam US$ 43, para US$ 4.064/tonelada, e os de maio/26 recuavam US$ 47, a US$ 3.991/tonelada.
Fonte: Portal do Agronegócio
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