Publicado em: 28/11/2025 às 15:30hs
Com a crescente oferta de insumos agrícolas no mercado, a compatibilidade entre inoculantes, nutrientes e produtos biológicos tornou-se um ponto crítico para o sucesso das lavouras. A escolha incorreta de combinações pode comprometer a eficiência dos produtos e até gerar reações indesejadas no sulco de plantio.
Um dos casos que exige atenção é o uso do boro, micronutriente essencial ao desenvolvimento das plantas. As fontes de boro disponíveis no mercado variam em composição e origem, o que pode influenciar diretamente sua interação com inoculantes e agentes biológicos quando aplicados em conjunto, sem o devido estudo técnico de compatibilidade.
De acordo com o engenheiro agrônomo Alécio Fernando Radons, responsável técnico de vendas da Satis no Rio Grande do Sul, o uso de boro junto aos inoculantes é possível, desde que o produtor observe a compatibilidade físico-química da formulação.
“Não existe uma incompatibilidade natural entre o boro e o Bradyrhizobium, bactéria fundamental na fixação biológica de nitrogênio (FBN), desde que as condições de campo estejam equilibradas”, explica Radons.
O problema, segundo o agrônomo, ocorre quando há excesso de boro ou misturas inadequadas, que podem prejudicar a formação dos nódulos nas raízes e reduzir a eficiência da FBN em culturas como a soja.
Radons reforça que os produtores devem seguir rigorosamente as recomendações dos fabricantes e consultar estudos técnicos de compatibilidade antes de realizar misturas.
“Nem todo produto é igual, mesmo que contenha o mesmo nutriente. A compatibilidade é determinante para garantir a eficiência e evitar perdas na lavoura”, alerta.
A soja é uma das culturas que mais dependem da fixação biológica de nitrogênio, realizada pelo Bradyrhizobium japonicum. Por isso, a qualidade da inoculação e o equilíbrio nutricional no sulco de plantio são determinantes para alcançar altos índices de produtividade.
Ao adicionar o boro durante o plantio, o produtor deve verificar se a formulação é adequada ao uso conjunto com inoculantes, evitando comprometer o desempenho da bactéria responsável pela nodulação das raízes.
Com foco em soluções seguras e sustentáveis, a Satis, empresa mineira reconhecida por seus investimentos em pesquisa e inovação, desenvolveu o Humicbor, uma fonte de boro solúvel enriquecida com substâncias húmicas, extrato de algas e polióis.
De acordo com laudo técnico da Universidade Federal do Tocantins (UFT), o produto não interfere no crescimento da cepa de Bradyrhizobium, comprovando sua compatibilidade e segurança de uso no sulco de plantio.
Com o avanço das tecnologias biológicas e nutricionais no campo, cresce também a necessidade de cautela na escolha e na combinação de insumos. A recomendação dos especialistas é clara: optar por produtos com comprovação científica e qualidade assegurada é a melhor estratégia para quem busca maior produtividade e sustentabilidade na lavoura.
Fonte: Portal do Agronegócio
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