Publicado em: 17/11/2025 às 09:30hs
O início do ciclo da safra 2025/26 traz aos produtores de grãos um cenário desafiador, que exige estratégias mais precisas e sustentáveis. O fenômeno climático La Niña, com potencial para alterar o regime de chuvas em diferentes regiões do país, somado à maior resistência de pragas e plantas daninhas, reforça a importância do Manejo Integrado de Pragas (MIP) como ferramenta essencial para manter a produtividade e a rentabilidade das lavouras.
Especialistas alertam que o sucesso no controle das pragas depende, sobretudo, da identificação correta e da ação no momento certo.
“A identificação precisa e a tomada de decisão assertiva são fundamentais para o êxito no uso de soluções biológicas. Esses fatores reduzem o uso de agrotóxicos, minimizam os danos causados pelas pragas e diminuem os custos de produção”, explica Sandra Magro, engenheira agrônoma, entomologista e gerente de PDI da Pragas.com.
A Pragas.com tem se destacado ao integrar tecnologia e biotecnologia no campo, oferecendo uma ferramenta digital de monitoramento e diagnóstico capaz de reconhecer e classificar as principais pragas que afetam culturas como soja, milho, algodão, feijão e cana-de-açúcar.
Por meio de um aplicativo, o sistema fornece descrições detalhadas das pragas e recomenda soluções biológicas adequadas para o controle, auxiliando os produtores na implementação do MIP de forma prática e eficiente. Essa integração entre campo e laboratório tem transformado o manejo de pragas na agricultura brasileira.
Entre as tecnologias biológicas em ascensão, os biodefensivos à base de baculovírus vêm ganhando protagonismo nas lavouras. Desenvolvidos pela Life Biological Control, esses produtos utilizam um vírus altamente específico para o combate de lagartas, atuando de forma seletiva e segura para o meio ambiente.
“O baculovírus precisa ser ingerido para agir, e o momento ideal para sua aplicação é quando a lagarta ainda é jovem, com até 1,5 cm, na fase vegetativa da cultura, antes que os danos se espalhem”, explica Cristiane Tibola, CEO da Life Biological Control e doutora em Entomologia pela Esalq/USP.
A empresa brasileira, referência em pesquisas com baculovírus, desenvolve produtos como o Destroyer Sf (lagarta-do-cartucho), Destroyer Ci (lagarta falsa-medideira), Destroyer Ha (Helicoverpa), além das combinações Defender Duo e Defender Triple. Dependendo das condições climáticas e da densidade da praga, a eficiência desses biodefensivos pode ultrapassar 80% em culturas de soja e milho.
Para Tibola, o avanço dos bioinsumos representa uma mudança estratégica na forma como o produtor lida com os desafios fitossanitários.
“A transição para o uso de bioinsumos não é apenas uma tendência, mas uma necessidade diante do novo perfil das pragas e da busca por uma agricultura mais rentável e ambientalmente equilibrada”, afirma a executiva.
O uso integrado de biotecnologia e ferramentas digitais consolida uma nova era para o campo brasileiro, onde o manejo sustentável se alia à inovação para garantir uma safra 2025/26 mais eficiente e resiliente.
Fonte: Pragas.com
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