Publicado em: 27/03/2012 às 16:00hs
Segundo técnicos e produtores, faltam mecanismos que garantam liquidez e comercialização ao produto.
“O produtor e a cooperativa querem comercializar a safra e não têm comprador. Além disso, os preços ficam abaixo do mínimo estabelecido pelo governo federal”, afirma Robson Mafioletti, analista técnico e econômico da Organização das Cooperativas, a Ocepar. Atualmente, o trigo está sendo comercializado em cerca de R$ 24/saca de 60 quilos, quando o mínimo estabelecido pelo governo é de R$ 28,6 (tipo 1).
O gerente de Negócios da Castrolanda, Márcio Capacheski, vai além. Segundo ele, é preciso regular o uso do trigo nacional pela indústria “para não deixar morrer a triticultura”.
A produção brasileira é suficiente para atender apenas 50% demanda interna. No ano passado, o Brasil produziu 5,3 milhões de toneladas e importou 5,7 milhões de toneladas dos países vizinhos, principalmente da Argentina. Com custo de produção inferior e isenção de impostos, a farinha da Argentina tem chegado aos moinhos brasileiros a preços mais baixos do que os praticados no mercado interno.
Fonte: Gazeta do Povo
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