Publicado em: 20/05/2025 às 10:50hs
De acordo com informações da TF Agroeconômica, os produtores de trigo do Rio Grande do Sul têm demonstrado otimismo em relação aos preços futuros da safra nova, atualmente em torno de R$ 1.300,00 FOB. Apesar da desvalorização no mercado disponível — com negociações recentes registradas a R$ 1.360,00 em cooperativas no centro do estado — há expectativa de recuperação dos preços no segundo semestre. Essa perspectiva é sustentada pela redução da oferta estadual e pela ausência de estoques significativos no Paraná.
Na região das Missões, onde o plantio deve começar nos próximos dias, estima-se uma redução superior a 30% na área destinada ao trigo. O cenário também aponta para um uso limitado de insumos: muitos produtores devem optar por sementes armazenadas e aplicação apenas de ureia, sem adubação completa. Caso os preços não apresentem melhora nos próximos 30 a 40 dias, a definição da área de plantio para 2025 pode se tornar incerta.
Mesmo sendo ofertado a R$ 1.600,00 FOB, o trigo branqueador ainda não atrai compradores. Em Panambi, os preços da pedra recuaram para R$ 72,00/saca, refletindo a baixa demanda no curto prazo.
Em Santa Catarina, os preços permanecem estáveis há semanas. Nas principais praças do estado, os valores seguem firmes: R$ 78,00/saca em Canoinhas, R$ 75,00 em Chapecó e até R$ 80,00 em Rio do Sul e Xanxerê. A atividade de moagem está reduzida, e o número de negócios realizados continua limitado.
Importações no Paraná evidenciam escassez de trigo nacional de qualidade
No Paraná, foram registrados poucos negócios na semana. A chegada de quatro navios com trigo argentino reforça o cenário de baixa oferta interna de produto com qualidade panificável e alta demanda por farinha. O trigo importado está chegando ao país por cerca de R$ 1.520,00 no porto, enquanto o produto nacional é comercializado entre R$ 1.550,00 e R$ 1.650,00 CIF.
Segundo o Deral, a média de preços da pedra no Paraná caiu 0,13% na semana, fechando em R$ 79,74/saca. Mesmo assim, considerando o custo de produção estimado em R$ 73,53/saca, os produtores ainda registram um lucro médio de 8,44%.
Apesar das margens apertadas e da volatilidade de mercado, a combinação entre menor oferta e alta na demanda segue sustentando expectativas de valorização futura para o trigo nacional.
Fonte: Portal do Agronegócio
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