Publicado em: 09/12/2025 às 11:00hs
No início de dezembro, o mercado de trigo no Brasil registrou movimentos distintos nas principais praças. Segundo dados do Cepea, no Paraná os preços estão em queda, pressionados pela maior disponibilidade doméstica. Em contrapartida, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina mantêm cotações mais firmes, sustentadas pelo consumo local.
No mercado de balcão, os valores pagos aos produtores apresentaram baixas generalizadas, com exceção de Santa Catarina, que manteve estabilidade ou leves oscilações nos preços, como R$ 60,33 em Canoinhas e R$ 66,00 em Xanxerê.
No âmbito externo, com o fim da colheita no Brasil, as exportações de trigo retomaram ritmo em novembro, totalizando 121,16 mil toneladas, o maior volume desde março de 2025. Já as importações caíram para 414,56 mil toneladas, queda de 22,4% em relação a outubro e o menor volume desde dezembro de 2023, conforme dados da Secex.
A TF Agroeconômica aponta que o mercado brasileiro iniciou a semana com negociações em ritmo mais lento devido à proximidade do fim do ano.
Rio Grande do Sul: os preços médios recuaram 1,56%, com lotes indicados entre R$ 1.080 e R$ 1.150 para moinhos locais e até R$ 1.180 para janeiro nos portos. O trigo de ração segue em R$ 1.110 a R$ 1.115. Estoques curtos devem levar à recomposição em janeiro. No produtor, a saca caiu para R$ 54,00 em Panambi.
Santa Catarina: valores permanecem abaixo do esperado pelos agricultores. Lotes para embarque em janeiro são avaliados próximos de R$ 1.150 CIF, sem aceitação dos vendedores. Preços no produtor variam entre R$ 60,00 e R$ 66,00.
Paraná: mercado operando de forma reduzida, com indicações de R$ 1.170 a R$ 1.180 CIF nos Campos Gerais e Curitiba, chegando a R$ 1.250 no Norte. O trigo importado da Argentina se mantém competitivo, e a revisão do custo variável pelo Deral reduziu o prejuízo do produtor para R$ 63,73 a saca.
A análise da Ceema mostra que as cotações do trigo voltaram a subir na Bolsa de Chicago na primeira semana de dezembro. O bushel para o primeiro mês fechou em US$ 5,41, contra US$ 5,31 na semana anterior. A média de novembro foi de US$ 5,35, alta de 4,7% em relação a outubro.
O movimento ocorre em meio ao aumento da oferta global:
De acordo com a Ceema, a oferta mundial de trigo deve atingir 828,9 milhões de toneladas, superior aos 800,8 milhões do ciclo anterior, refletindo a expansão da produção nos principais países produtores.
Fonte: Portal do Agronegócio
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