Publicado em: 01/08/2025 às 11:48hs
O plantio de trigo foi oficialmente encerrado no Rio Grande do Sul, conforme a Emater-RS. A entidade estima uma área cultivada de 1,198 milhão de hectares, com potencial produtivo de 3,59 milhões de toneladas. No entanto, agentes do setor privado trabalham com números mais conservadores, apontando cerca de 950 mil hectares e uma produção que não deve ultrapassar 2,88 milhões de toneladas.
As chuvas do final de julho ajudaram na uniformização das lavouras, mas o atraso na semeadura levanta preocupações com o risco de geadas, que podem atingir até 75% das áreas cultivadas, além de possíveis chuvas na época da colheita, prevista para iniciar após o dia 15 de outubro.
No Rio Grande do Sul, o mercado segue lento. As compras são pontuais e os valores variam conforme a qualidade, localização e prazos de entrega. Alguns trigos com características que permitem substituir o produto argentino alcançam R$ 1.380,00 por tonelada no interior, embora sejam casos isolados. Em geral, os preços praticados giram entre R$ 1.300,00 e R$ 1.380,00 por tonelada, posto moinho.
Na exportação, houve negócios pontuais: cerca de 8 mil toneladas foram negociadas para entrega em dezembro a R$ 1.300,00/t, com cláusula que prevê desconto de 20% se o produto for destinado à ração. Em Panambi, o preço da pedra está em R$ 70,00 por saca.
Em Santa Catarina, os moinhos estão abastecidos e realizam apenas compras pontuais para reposição de estoques. A nova safra ainda não apresenta uma sinalização clara, e houve retração na venda de sementes, estimada em 20% abaixo do registrado no ano passado. O preço da pedra segue estável, com destaque para os valores de R$ 78,00 por saca nas regiões de Canoinhas e Rio do Sul.
No Paraná, a geada registrada em junho afetou aproximadamente 84 mil toneladas de trigo, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral). Contudo, há possibilidade de os danos serem maiores. A produção estimada foi revisada para 2,6 milhões de toneladas, com 83% das lavouras consideradas em boas condições.
Os preços pagos ao produtor recuaram 0,16%, mas a margem de lucro subiu para uma média de 5,73%. A comercialização segue morna, com negócios esporádicos. Para trigos de excelente qualidade, os compradores oferecem até R$ 1.450,00 por tonelada, CIF.
Fonte: Portal do Agronegócio
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