Aveia, Trigo e Cevada

TRIGO: Ocepar contesta informações de que qualidade do trigo do Paraná será inferior

Trigo CD apresenta qualidade industrial e alto potencial produtivoO Sindicato e Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) contesta as informações publicadas no Diário do Comércio Indústria & Serviços (DCI), no dia 18 de junho, de que a produção de trigo no Paraná terá uma qualidade menor na safra 2014/2015


Publicado em: 23/06/2014 às 15:40hs

TRIGO: Ocepar contesta informações de que qualidade do trigo do Paraná será inferior

“Ao contrário do que foi divulgado não faltou semente de trigo da classe pão e, mesmo com os problemas de clima do ano passado, não houve necessidade de ampliar a quantidade de sementes que, tradicionalmente, o Paraná compra do Rio Grande do Sul”, afirma o gerente Técnico e Econômico da Ocepar e presidente da Câmara Setorial do Trigo, Flávio Turra.

Produção própria – De acordo com o Turra, as duas situações acima se justificam porque no Paraná mais de 90% da safra de trigo é realizada com sementes. “E na última safra, foram colhidas cerca de 2,8 milhões sacas de sementes de trigo, volume suficiente para atender a demanda interna, ou seja, não houve necessidade de compras adcionais de outros estados. Segundo Turra, as exceções no plantio com sementes compradas de fora envolvem a produção contratual entre algumas empresas e moinhos que atendem a mercados específicos. “Ou seja, as compras, quando ocorrem, são programadas e acontecem para atender a mercados específicos, os quais, por sua vez, são exigentes em termos de qualidade. Portanto, temos aqui três situações: as sementes que, eventualmente são compradas de outros estados, atendem aos requisitos industriais para a produção a qual se destinam, ou seja, não se pode colocar em dúvida a questão da qualidade; o volume adquirido é muito pequeno; e a maior parte do que foi comprado é de trigo da classe pão.
Então, é totalmente errado classificar toda a produção como de qualidade inferior, já que as sementes adquiridas atendem a uma demanda previamente estabelecida e visam atender a uma parcela pequena do mercado”, frisou Flávio Turra.

Trigo para pão – Em relação a informação de que “faltou sementes para trigo pão”, Flávio Turra também afirma que isto não aconteceu. “Por conta das geadas, o Ministério da Agricultura autorizou a inscrição de novos campos de produção de sementes. Isto permitiu que as empresas produtoras reprogramassem a sua produção de forma a atender a demanda de cada região, inclusive, aumentando significativamente a produção de sementes em relação à safra anterior. A semente produzida, nessa nova modalidade, atenderam a todos os requisitos estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, ou seja, não houve falta de sementes e não houve prejuízos quanto a qualidade”, disse.

Clima – Por último, sobre a questão de que o “clima irá afetar a qualidade da produção”, Flávio Turra disse que isto também é questionável, porque se isto ocorrer será na fase de colheita, porém, ainda é muito cedo para fazer essa previsão. “O El Nino, fenômeno que se caracteriza pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, promete um ano de chuvas acima da média e bem distribuídas, o que é favorável para o desenvolvimento das lavouras e para uma safra normal. Pode ser que, na época da colheita, o excesso de chuva atrapalhe, porém, ainda é cedo para afirmar isso”, ressalta Turra. Por enquanto, completa Turra, o que está acontecendo é um desenvolvimento normal das lavouras, o que significa que estão mantidas as estimativas quanto a produção e qualidade do trigo paranaense. “Atualmente, 75% da safra de trigo do Paraná está plantada, sendo que a estimativa é colher 4 milhões de toneladas. A estimativa é que 90% dessa produção seja de trigo da classe pão e superior”, conclui Turra.