Publicado em: 18/07/2025 às 19:20hs
O mercado brasileiro de trigo fechou a primeira quinzena de julho com negociações pontuais e preços praticamente estáveis. Apesar das projeções de uma safra menor neste ano, a liquidez continua reduzida. O cenário é influenciado pelo desinteresse dos produtores em vender aos preços atuais e pela tranquilidade da demanda interna, que se apoia na ampla oferta de trigo importado.
De acordo com Elcio Bento, analista e consultor da Safras & Mercado, os preços no Paraná seguiram firmes ao longo da semana.
Rio Grande do Sul apresenta mais variação nos negócios
No Rio Grande do Sul, houve maior oscilação nos preços:
As incertezas climáticas e a retração da área plantada seguem no radar. Segundo projeção da Safras & Mercado:
Bento alerta que as perdas já registradas, especialmente com as geadas, podem levar o Brasil a registrar necessidade recorde de importação na próxima temporada.
Apesar da expectativa de menor oferta interna, os preços não esboçam reação significativa.
A principal razão, segundo Bento, está na competitividade do trigo importado:
Mesmo com uma projeção de produção de 3 milhões de toneladas no Rio Grande do Sul e um possível excedente de 1 milhão, a qualidade do trigo colhido preocupa.
Bento aponta que o uso de sementes destinadas ao plantio na moagem revela frustração ainda maior com a safra. A tendência, segundo ele, é que muitos produtores optem por vender logo após a colheita, buscando liquidez no mercado internacional.
A perspectiva de escassez de trigo de qualidade no estado pode levar os moinhos gaúchos a recorrerem à importação, mesmo diante de uma safra com excedente. Isso reforça os desafios do setor, que convive com oferta abundante externa e custos de importação mais atraentes que os preços praticados internamente.
Fonte: Portal do Agronegócio
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