No Rio Grande do Sul a média de preços ficou por volta de R$ 565,00 a tonelada, recuando 11,72% em relação ao encerramento do mês de maio. No Paraná a tonelada fechou a R$ 773,33 a tonelada, contra R$ 833,33 a tonelada do mês anterior (-7,2%). Essa queda resultou de uma combinação de fatores.

Um deles é a queda acentuada verificada no mercado internacional. Na primeira metade do pregão desta segunda-feira (30) o contrato spot na Bolsa de Chicago (CBOT) era negociado a US$ 5.74/bushel, contra US$ 6.40/bushel do mesmo período do mês passado (-12%). No Início do mês de maio a cotação era de US$ 7.40/bushel.

Ou seja, em menos de dois meses a queda acumula no mercado internacional, referenciado por CBOT, é de 22,4%. Somente essa retração já traria reflexos baixistas para o mercado brasileiro. Porém, na terceira semana do mês a CAMEX anunciou a isenção da TEC (Tarifa Externa Comum) para mais 1,0 milhão de toneladas para a importação de trigo extra-Mercosul. O resultado disso foi um barateamento de mais10% no custo de importação. Além disso, a taxa cambial (R$/US$) caiu 1,6%.

Chicago

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o trigo encerrou as operações de hoje com cotações mais baixas. O relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou estoques e área americana acima do esperado, colocando pressão sobre os contratos.

Os produtores norte-americanos deverão cultivar 56,5 milhões de acres com trigo na temporada 2014/15, com elevação de 1% sobre o ano passado, quando foram semeados 56,156 milhões de acres. A indicação faz parte do relatório de área plantada do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O mercado apostava em uma área em torno de 55,8 milhões de acres. Em março, a indicação do Departamento era de área envolvendo 55,8 milhões de acres.

Os estoques trimestrais de trigo dos Estados Unidos, na posição 1o de junho, totalizaram 590 milhões de bushels. Na comparação com igual período do ano passado, a queda é de 18%. Os produtores americanos têm 97 milhões de bushels estocados nas fazendas, com baixa de 19%. Fora das fazendas, o número é de 493 milhões, com recuo de 18%.

O mercado esperava estoques de 498 milhões de bushels. Os contratos com entrega em julho fecharam negociados a US$ 5,64 3/4 por bushel, com baixa de 20,50 centavos. Os contratos com entrega em setembro fecharam negociados a US$ 5,77 1/2 por bushel, perda de 16,25 centavos em relação ao fechamento anterior. As demais posições recuaram.

Câmbio

O dólar comercial encerrou as negociações de hoje com alta de 0,72%, cotado a R$ 2,2090 na compra e R$ 2,2110 na venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 2,1970 e a máxima de R$ 2,2150.