Publicado em: 13/06/2025 às 19:20hs
O mercado de trigo no Brasil permaneceu praticamente parado ao longo da última semana, sem novos negócios registrados no segmento físico. O principal entrave é a divergência entre os preços pedidos pelos produtores e os valores oferecidos pelos moinhos, o que tem impedido a retomada das negociações.
No Paraná, os compradores ofertaram cerca de R$ 1.450 por tonelada, enquanto no Rio Grande do Sul, os preços giraram em torno de R$ 1.300. De acordo com o analista Elcio Bento, da consultoria Safras & Mercado, os produtores mantêm a firmeza nas pedidas, amparados pela escassez da safra anterior e pela redução da área plantada nesta temporada — o que reforça a perspectiva de mais um ano de oferta limitada no Brasil.
Por outro lado, os moinhos demonstram postura cautelosa, sustentados por estoques considerados razoáveis. O setor prefere aguardar possíveis quedas adicionais nos preços domésticos, influenciados pela tendência de baixa nas cotações internacionais e pelas oscilações do câmbio.
“É difícil prever qual das pontas cederá primeiro para destravar os negócios”, avalia Bento.
No cenário internacional, a atenção está voltada para a colheita nos países do Hemisfério Norte, o que tende a pressionar ainda mais as cotações globais do trigo, mesmo diante de algumas perdas pontuais em regiões produtoras.
No Brasil, a redução da área semeada já é considerada um dado consolidado. Agora, o mercado aguarda os impactos climáticos sobre o potencial produtivo da nova safra.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou seu relatório de oferta e demanda referente à safra 2025/26, com atualizações relevantes:
Para o Brasil, o USDA projeta os seguintes números na safra 2025/26:
Esses dados confirmam um cenário de atenção para o mercado nacional, que segue influenciado tanto por fatores internos quanto por pressões do mercado internacional.
Fonte: Portal do Agronegócio
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