Aveia, Trigo e Cevada

Safra de trigo no Rio Grande do Sul avança com impacto das chuvas

Enquanto colheita no RS enfrenta desafios, produtores do Paraná se preocupam com qualidade do grão devido ao clima


Publicado em: 16/10/2024 às 10:55hs

Safra de trigo no Rio Grande do Sul avança com impacto das chuvas

A safra de trigo no Rio Grande do Sul segue monitorada de perto pelos produtores, com atenção especial às chuvas que podem afetar a qualidade dos grãos. Segundo dados da TF Agroeconômica, a colheita já alcançou 4% das áreas plantadas no estado, porém cerca de 5% dessas áreas registraram uma queda no PH (abaixo de 77), o que resultou no direcionamento de pequenos volumes para a ração animal. Apesar disso, a maior parte do trigo colhido até agora apresenta qualidade satisfatória para a indústria.

Em Santa Catarina, os preços pagos aos agricultores começaram a reagir, impulsionados pela movimentação dos moinhos que seguem se abastecendo no sudoeste do Paraná. Nessa região, os preços do trigo estão em torno de R$ 1.400 FOB, favorecidos por menores custos de frete. Além disso, alguns moinhos catarinenses, que possuem armazéns no Rio Grande do Sul, estão aguardando o avanço da colheita gaúcha para iniciar suas compras. A baixa demanda por farinha, em razão dos preços mais baixos, tem atrasado as negociações de grãos.

Já no Paraná, as chuvas se tornaram motivo de apreensão entre os produtores, com o risco de comprometer a qualidade do trigo que ainda não foi colhido. Enquanto isso, o trigo importado do Paraguai mantém-se competitivo, com preços subindo para R$ 1.430 CIF na região de Cascavel e R$ 1.460 CIF em Ponta Grossa, embora as ofertas dos compradores estejam em queda. O mercado local permanece estável, com preços firmes no balcão, e cooperativas e cerealistas disputando o produto para estocagem.

Os preços dos lotes de trigo no Paraná variam conforme a região. No norte do estado, as ofertas iniciam em R$ 1.450 por tonelada, enquanto no sudoeste os lotes são vendidos a partir de R$ 1.400/t FOB. Esses lotes têm sido disputados por compradores de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, uma vez que a colheita gaúcha ainda não foi consolidada. Esse cenário reflete a cautela dos compradores em assegurar o abastecimento antes que a nova safra avance mais significativamente.

Fonte: Portal do Agronegócio

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