Publicado em: 28/07/2025 às 11:20hs
Produtores de trigo do Rio Grande do Sul e do Paraná têm atualmente boas oportunidades comerciais, segundo análise da TF Agroeconômica. A consultoria recomenda que aqueles que precisam de capital aproveitem os preços atuais, considerados vantajosos frente ao histórico recente.
No Rio Grande do Sul, o valor de R$ 1.300 por tonelada (FOB interior) está 8,33% acima dos R$ 1.200 anteriormente negociados para a nova safra, o que justifica a venda imediata para quem busca liquidez.
No Paraná, os preços para a safra atual variam entre R$ 1.450 e R$ 1.480, enquanto a nova safra já está sendo cotada a R$ 1.400. A TF Agroeconômica considera essas cotações excelentes no cenário atual, mas alerta para a possibilidade de queda com a entrada da safra entre agosto e setembro.
A consultoria projeta que os preços podem ultrapassar R$ 1.500 por tonelada a partir de fevereiro de 2026. Por isso, recomenda que produtores que não tenham urgência para vender considerem segurar a produção até o primeiro semestre do próximo ano, aproveitando uma possível alta futura.
Entre os elementos que sustentam o mercado, destacam-se:
Esses fatores impactam negativamente a oferta global e tendem a manter os preços internacionais mais firmes no curto prazo.
Cenário global impõe limitações
Apesar das boas oportunidades no mercado interno, o cenário internacional é desafiador. A oferta abundante no Hemisfério Norte, com destaque para a colheita na França, tem pressionado os preços futuros do trigo.
Além disso, outros fatores contribuem para a queda nos mercados globais:
Na bolsa de Chicago, os contratos futuros de trigo encerraram a semana em queda, refletindo a pressão da oferta global. A forte produção no Hemisfério Norte ofuscou o bom desempenho das exportações americanas.
Os preços fecharam a sexta-feira com os seguintes resultados:
Diante de um cenário misto, com oportunidades no mercado interno e pressão vinda do cenário global, os produtores devem agir com cautela e estratégia. Quem precisa de caixa pode aproveitar os preços atuais no Brasil, enquanto os demais podem avaliar o melhor momento de venda, considerando as projeções positivas para 2026 e os riscos envolvidos no mercado internacional.
Fonte: Portal do Agronegócio
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