Aveia, Trigo e Cevada

Pressão no Mercado de Trigo do Sul do Brasil

Moinhos enfrentam desafios para equilibrar custos e lucratividade


Publicado em: 08/01/2025 às 11:10hs

Pressão no Mercado de Trigo do Sul do Brasil
Foto: Gui Benck

O mercado de trigo no Sul do Brasil segue pressionado, com dificuldades significativas para equilibrar custos e receitas, especialmente no Rio Grande do Sul. Conforme análise recente da TF Agroeconômica, divulgada nesta semana, os moinhos gaúchos enfrentam desafios para tornar as operações rentáveis, mesmo após o reajuste de 5% a 7% nos preços das farinhas. A maioria dos compradores está ausente do mercado ou oferece valores que não cobrem adequadamente os custos operacionais. Dados apresentados indicam uma redução na moagem, agravando o cenário para a indústria local.

Situação em Santa Catarina

Em Santa Catarina, as cooperativas ainda estão recebendo os últimos lotes da colheita, mas os preços praticados permanecem superiores ao do trigo entregue no Rio Grande do Sul (CIF). O farelo de trigo continua sendo altamente demandado, mas a produção insuficiente impede o atendimento de todos os pedidos. Os preços pagos aos produtores catarinenses permanecem estáveis, oscilando entre R$ 68,00 e R$ 73,00 por saca, dependendo da região. Apesar disso, as perspectivas apontam para estabilidade ou uma leve retração nos preços do cereal nas próximas semanas.

Paraná: Lentidão após as Festividades

No Paraná, o mercado opera de forma lenta após as festividades de fim de ano. A diferença entre os valores solicitados pelos vendedores e a capacidade de pagamento dos compradores tem dificultado os negócios. Os preços no norte do estado giram em torno de R$ 1.500 por tonelada, enquanto no oeste e sudoeste os valores são mais baixos. A oferta deve ser reforçada nas próximas semanas com a chegada de trigo argentino. Estão previstas três embarcações, que totalizarão 88.610 toneladas, no porto de Paranaguá.

Lucro do Produtor e Perspectivas

Mesmo com os desafios, o lucro médio do produtor de trigo no Paraná teve uma leve queda, situando-se em 5,42%, conforme dados do Deral. O mercado segue em busca de equilíbrio, com produtores e compradores lidando com incertezas em relação à demanda e à competitividade dos preços diante das importações e do trigo de outras regiões. A expectativa é de que os próximos movimentos no mercado tragam maior clareza sobre o comportamento dos preços e a viabilidade das operações no setor.

Fonte: Portal do Agronegócio

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