Publicado em: 10/06/2014 às 12:50hs
Começa a funcionar em duas semanas o novo moinho das cooperativas Batavo, Castrolanda e Capal, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. O espaço, de 12 mil metros quadrados, foi inaugurado nesta sexta-feira (6) pelos presidentes das cooperativas e o governador Beto Richa (PSDB). O moinho é fruto da intercooperação e é o segundo empreendimento feito neste formato. O primeiro foi a usina de leite que leva a marca Frísia e o terceiro será o frigorífico de suínos, que ainda não foi inaugurado.
“É um exemplo de que através da integração é possível produzir cada vez mais”, disse o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski. Dos R$ 60 milhões investidos na primeira fase do moinho, 50% sairão da Batavo, 27% da Castrolanda e 23% da Capal. O presidente da Batavo, Renato Greidanus, acrescenta que R$ 40 milhões foram financiados pelo Banco do Brasil e o restante – R$ 20 milhões – veio dos cofres das cooperativas.
A atual estrutura vai possibilitar a moagem de 400 toneladas/dia de trigo e 120 mil toneladas/ano. A planta industrial já foi projetada para ser ampliada. Conforme Greidanus, que não falou em prazos, a segunda fase do empreendimento prevê investimentos de mais R$ 25 milhões. A intenção é elevar a produção para 240 mil toneladas/ano.
O moinho também lança a marca Herança Holandesa no mercado industrial. Serão vendidos sacos de 25 e de 50 quilos, além da farinha em granel. O uso será voltado para as indústrias de pães e biscoitos. Por enquanto, as cooperativas não planejam entrar no varejo. O investimento foi contemplado pelo programa de incentivos Paraná Competitivo, do governo estadual. “Dos novos investimentos industriais, 70% estão no interior”, lembra o governador.
O gestor de Negócios Trigo da Batavo, Estefano Stemmer, conta que a matéria-prima virá, essencialmente, dos cooperados das três cooperativas parceiras. Atualmente, elas contam com cerca de três mil produtores que produzem perto de 450 mil toneladas de trigo. “Sobre o trigo, 90% virão dos nossos cooperados e 10% de fora”, completa. Stemmer não descarta a possibilidade de comprar o cereal de outros estados, mas diz que dará preferência aos produtores do Paraná.
Safra
A safra de trigo já começou no Paraná e prevê resultados melhores que os da safra de 2013 e, principalmente, 2012, quando houve uma das maiores reduções de área e de produção. Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab), a área plantada neste ano deve ser 32% maior que a da safra passada, com uma produção estimada de 3,9 milhões de toneladas, ou seja, 111% maior que a produção anterior.
Fonte: Gazeta do Povo
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