Publicado em: 18/08/2025 às 10:30hs
O Paraná deu início nesta semana à colheita do trigo, principal cultura de inverno do estado. Segundo o Boletim de Conjuntura Agropecuária do Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), menos de 0,5% dos 833 mil hectares cultivados foi colhido até o momento. A projeção de julho estima produção de 2,6 milhões de toneladas nesta safra.
As primeiras lavouras colhidas, principalmente na região de Londrina, apresentaram produtividade dentro da normalidade, mesmo com os impactos da frente fria registrada no fim de junho. De acordo com o agrônomo Carlos Hugo Godinho, a qualidade do produto também está alinhada às expectativas, com mais da metade apta à classe “pão” e o restante à classe “melhorador”.
O preço médio da saca de trigo no estado está em R$ 76,00, levemente abaixo de julho, mas próximo ao registrado no mesmo período de 2024. Segundo Godinho, esse patamar é positivo diante da queda do dólar e da desvalorização internacional da commodity. Produtores que colhem com produtividade normal e boa qualidade conseguem manter rentabilidade, mesmo que de forma moderada.
O Deral informou que 80% da colheita da segunda safra de milho já foi concluída no Paraná. Foram cultivados 2,77 milhões de hectares nesta temporada, com resultados acima da média das últimas cinco safras. O analista Edmar Gervásio destaca que o plantio no período ideal e as condições climáticas favoráveis garantiram excelente desempenho, mesmo com preços mais baixos do que no início do ano.
O levantamento também traz dados sobre a fruticultura. Em 2023, a produção mundial alcançou 1 bilhão de toneladas em 104 milhões de hectares, com destaque para banana, melancia, maçã, uva e laranja.
No Brasil, a produção foi de 44,9 milhões de toneladas em 3,1 milhões de hectares, liderada por laranja, banana, abacaxi, coco e melancia. Já o Paraná cultivou 54 mil hectares e colheu 1,4 milhão de toneladas em 2024, com laranja, banana, tangerina, melancia e uva no topo da produção.
O leite longa vida chegou a R$ 5,04 em julho nos supermercados paranaenses, alta de 1,25% em relação a junho. Já o queijo muçarela subiu 0,62%, passando de R$ 52,20 para R$ 52,52 o quilo.
Entre os principais compradores de carne suína brasileira no primeiro semestre de 2025, o Japão se destacou, pagando média de US$ 3,46 por quilo. Junto com Estados Unidos e Canadá, adquiriu maior volume de Santa Catarina, estado com status sanitário diferenciado.
Nas exportações de carne de frango, o Brasil faturou US$ 5,609 bilhões de janeiro a julho, alta de 1,5% sobre o mesmo período de 2024, com volume de 3 milhões de toneladas. O Paraná liderou, exportando 1,262 milhão de toneladas e gerando US$ 2,181 bilhões.
O setor de ovos registrou crescimento expressivo: embarques subiram 207,3%, passando de 9.818 toneladas para 30.174 toneladas. A receita avançou 232,2%, chegando a US$ 69,567 milhões. Os Estados Unidos foram o principal destino, com 62,8% do total exportado.
Fonte: Portal do Agronegócio
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