Publicado em: 29/07/2014 às 10:50hs
As áreas atingidas pelo frio intenso, a maioria com trigo ainda em desenvolvimento, não estavam suscetíveis a perdas, o que indica que o país continua na direção de colher uma safra recorde acima de 7 milhões de toneladas.
Uma frente fria provocou temperaturas perto de zero, e em muitas regiões houve condições para formação de geada, que incluem céu sem nuvens, pouco vento e tempo seco, disseram os institutos de meteorologia Simepar e Metsul.
"No Paraná não teve problema nenhum com frio e geadas. Na região mais fria, o trigo está ainda na fase de desenvolvimento vegetativo, então a geada é boa, ajuda a perfilhar (multiplicar as espigas)", disse o gerente técnico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Flávio Turra.
Segundo dados da Secretaria de Agricultura do Paraná, cerca de metade das lavouras de trigo do estado está em fases mais avançadas, de floração e frutificação, que são suscetíveis a danos pelo frio intenso.
As geadas, no entanto, foram registradas mais ao sul e sudoeste do estado, onde as lavouras encontram-se nas fases em que o frio é benéfico, destacou Turra.
No Rio Grande do Sul, onde as lavouras foram plantadas ainda mais tarde do que o normal devido às chuvas, o benefício com as baixas temperaturas foi semelhante.
"A planta precisa desse frio. Ele evita doenças, e a planta entra no perfilhamento e aumenta a produção", disse o engenheiro agrônomo Taciano Reginatto, da Cooperativa Tritícola Santa Rosa (Cotrirosa).
Fonte: DCI
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