Publicado em: 07/05/2025 às 10:50hs
No Rio Grande do Sul, os preços recuam com a tentativa de repasse de estoques pelas cooperativas. Em Santa Catarina, os moinhos demonstram cautela diante da competitividade dos preços gaúchos. Já no Paraná, o mercado mantém valores elevados, próximos à paridade de importação, mas com margens de lucro em queda. Confira, a seguir, os destaques regionais.
Segundo levantamento da TF Agroeconômica, o mercado gaúcho de trigo segue pressionado pelo aumento das ofertas e pela escassez de compradores. Em Santa Rosa, houve ofertas de trigo PH 78 W 250 FN 250, enquanto contratos fechados com características semelhantes (PH 78 W 230 FN 210) atingiram R$ 1.380,00 por tonelada, em condição FOB.
Nos municípios de Giruá e Bossoroca, o trigo tipo 1 foi ofertado a R$ 1.400,00. Nas últimas duas semanas, produtores negociaram volumes expressivos com cooperativas, que agora buscam repassar o produto aos moinhos. Estes, porém, já supriram a demanda de maio e parte de junho, pressionando por reduções nos preços.
Ainda assim, foram registrados negócios pontuais em torno de R$ 1.400,00, além de ofertas de trigo PH 76 por até R$ 1.390,00, variando conforme a região. A expectativa é de que o início do mês estimule uma retomada nas negociações.
Para a próxima safra, os preços permanecem estáveis em R$ 1.340,00 sobre rodas no porto, mas os moinhos continuam fora das compras futuras. Em Panambi, os preços na pedra recuaram para R$ 72,00 por saca.
Em Santa Catarina, os moinhos demonstram prudência diante das ofertas mais competitivas oriundas do Rio Grande do Sul. Os preços catarinenses se mantêm entre R$ 1.500,00 e R$ 1.520,00 FOB, sem movimentações expressivas para a nova safra.
Os valores pagos aos triticultores permanecem estáveis em diversas praças do estado:
No Paraná, os preços do trigo continuam elevados, próximos ou até mesmo acima da paridade de importação. Os compradores indicam valores de R$ 1.600,00 por tonelada para entrega em junho, com pagamento previsto para o início de julho. Já os vendedores pedem entre R$ 1.600,00 e R$ 1.650,00 FOB. Em alguns casos, o CIF ultrapassa R$ 1.700,00 por tonelada.
Para a nova safra, ainda não há ofertas disponíveis, mas os compradores apontam preços entre R$ 1.450,00 e R$ 1.500,00 CIF moinho.
A média estadual da semana ficou em R$ 80,16 por saca. O lucro médio dos produtores caiu para 8,85%, embora ainda positivo, frente ao custo de produção atualizado pelo Deral, que está em R$ 73,53 por saca.
Fonte: Portal do Agronegócio
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