Publicado em: 14/07/2025 às 11:20hs
O mercado global de trigo deverá permanecer pressionado no segundo semestre de 2025. A combinação de uma safra maior nos Estados Unidos, a valorização do dólar e as incertezas comerciais causadas pelas tarifas impostas pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump contribuem para esse cenário.
No mercado brasileiro, o principal reflexo vem da Argentina. Com uma colheita maior prevista, o país vizinho deverá aumentar suas exportações, o que tende a pressionar os preços no Brasil. Como exemplo, o contrato futuro para dezembro já é cotado a US$ 230 por tonelada, abaixo dos US$ 232 registrados em agosto.
Enquanto a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ainda projeta uma safra brasileira de 7,89 milhões de toneladas, analistas do mercado acreditam em uma produção inferior, estimada em 7,03 milhões de toneladas. Essa diferença gera incertezas quanto à oferta interna do grão.
A projeção de importações de trigo pelo Brasil subiu de 5,80 para 6,20 milhões de toneladas. Essa alta pode trazer os preços internos para um nível de paridade com o mercado internacional já a partir de fevereiro de 2026.
Entre os fatores que podem sustentar os preços do trigo, destacam-se:
Por outro lado, os elementos que tendem a derrubar os preços incluem:
Diante desse panorama, a consultoria TF Agroeconômica recomenda que os produtores que precisam vender trigo aguardem melhores oportunidades. Já os compradores devem antecipar suas aquisições o quanto antes.
O comportamento do mercado de farinhas segue como um limitador para os preços do trigo, mas poderá apresentar reação caso os custos da matéria-prima subam de forma mais acentuada ao longo do semestre.
Fonte: Portal do Agronegócio
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