Publicado em: 25/09/2025 às 11:10hs
O mercado de trigo no Sul do Brasil continua desaquecido, pressionado pela fraca demanda das indústrias de farinha e pelo cenário externo desfavorável. De acordo com a TF Agroeconômica, os preços seguem em queda em diversas regiões, enquanto os moinhos aguardam maior clareza sobre a próxima safra e a chegada de trigo importado da Argentina.
No Rio Grande do Sul, os preços no mercado disponível permaneceram estáveis, apesar do recuo na média CEPEA. Negociações recentes para trigo com PH 78, FN 250 e Don de 1.500 foram fechadas a R$ 1.150,00 no interior. Compradores tentam testar valores de até R$ 1.100,00, ainda sem aceitação dos vendedores.
Para novembro, moinhos locais projetam preços próximos a R$ 1.100,00 posto. No mercado externo, valores para dezembro caíram para R$ 1.180,00, com possibilidade de entrega de trigo de ração com deságio de 20%. Outro ponto de atenção é a chegada do navio ES Jasmine, prevista para 27 de setembro, trazendo 30 mil toneladas de trigo argentino ao porto de Rio Grande. Já em Panambi, o preço da pedra recuou para R$ 68,00/saca.
Em Santa Catarina, o mercado permanece travado, e os moinhos têm buscado trigo do Rio Grande do Sul para suprir a oferta limitada. Os preços variam conforme a região: R$ 75,67/saca em Canoinhas, R$ 66,00 em Chapecó, R$ 74,50 em Joaçaba, R$ 72,00 em Rio do Sul, R$ 76,00 em São Miguel do Oeste e R$ 74,00 em Xanxerê, refletindo tanto estabilidade quanto quedas pontuais.
No Paraná, a valorização do dólar compensou parcialmente as recentes quedas nas cotações internacionais, mantendo os preços internos em patamares elevados. As negociações no mercado variam entre R$ 1.200 e R$ 1.300 CIF moinho, chegando pontualmente a R$ 1.350.
O trigo importado do Paraguai está sendo ofertado entre US$ 230 e US$ 245, enquanto o produto argentino nacionalizado chega a US$ 269 no Porto do Paraná. Já os preços pagos aos agricultores caíram 3,87% na última semana, para R$ 70,50/saca — valor inferior ao custo de produção estimado pelo Deral em R$ 74,63, ampliando o prejuízo médio para -5,53%.
Fonte: Portal do Agronegócio
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