Publicado em: 05/09/2025 às 11:20hs
O mercado de trigo no Sul do Brasil mantém-se cauteloso, com negociações esparsas e baixa movimentação entre compradores e vendedores. A situação varia entre os estados, refletindo oferta, demanda e oscilações cambiais.
No Rio Grande do Sul, o mercado permanece calmo, segundo a TF Agroeconômica. Os moinhos estão abastecidos com a safra antiga até outubro e aguardam a entrada do trigo novo, cuja colheita começa no próximo mês.
No mercado disponível, o trigo pão comum foi negociado a R$ 1.330 FOB, mas a demanda continua fraca e concentrada em operações imediatas. Os estoques da safra velha praticamente se esgotaram, permanecendo apenas nos moinhos, enquanto aproximadamente 90 mil toneladas da safra nova já foram contratadas, principalmente para exportação.
Em Santa Catarina, a expectativa de redução de 16% na produção levou compradores locais a tentar garantir volumes adicionais de trigo. Apesar da movimentação, os preços pagos aos produtores seguem em queda:
Os moinhos, no entanto, oferecem entre R$ 1.280 e R$ 1.300 CIF, abaixo das cotações pedidas pelos vendedores, que variam entre R$ 1.330 e R$ 1.350 FOB.
No Paraná, a oscilação do câmbio influencia o mercado de trigo importado, impactando os valores pagos aos produtores. A colheita da safra nova já começou no norte do estado, com ofertas entre R$ 1.380 e R$ 1.400 FOB, mas os custos de frete encarecem a chegada ao centro do estado.
O trigo paraguaio foi cotado a US$ 240/t no Oeste (equivalente a R$ 1.312,80), enquanto o argentino ficou em torno de US$ 270/t para embarque em setembro.
No mercado interno, os preços pagos aos agricultores recuaram 3,17% na semana, atingindo R$ 73,05/saca, abaixo do custo de produção estimado pelo Deral, de R$ 74,63/saca, colocando os triticultores em situação de prejuízo imediato.
Fonte: Portal do Agronegócio
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