Publicado em: 19/09/2025 às 11:20hs
O mercado de trigo no Sul do Brasil enfrenta forte concorrência de produtos importados, especialmente da Argentina e do Paraguai, pressionando os preços e reduzindo a rentabilidade dos produtores.
No Rio Grande do Sul, a TF Agroeconômica indica que o mercado disponível segue lento, refletindo moinhos abastecidos e baixa oferta de cereal. Atualmente:
A chegada do navio ES Jasmine, prevista para o fim de setembro com 30 mil toneladas de trigo argentino, deve intensificar a concorrência. Na prática, os preços pagos ao produtor em Panambi recuaram para R$ 68/saca, perdendo competitividade frente ao Paraná.
Em Santa Catarina, a demanda segue baixa e é atendida principalmente pelo trigo gaúcho, com negociações a R$ 1.300 FOB + ICMS para o tipo 1. Nos mercados locais, os preços da pedra permanecem firmes:
No Paraná, a estabilidade do preço do trigo importado reforça a competição com o produto nacional. Os moinhos locais ofertam R$ 1.350 a R$ 1.400 CIF, mas sem grandes avanços nas negociações.
Os preços de importados seguem:
O preço pago aos produtores paranaenses recuou 1,73% na semana, para R$ 73,34/saca, abaixo do custo de produção estimado pelo Deral em R$ 74,63/saca, pressionando a margem de lucro dos triticultores que se aproximam da colheita.
O cenário atual combina oferta restrita em algumas regiões, forte entrada de trigo importado e preços domésticos instáveis, exigindo atenção dos produtores quanto ao planejamento de vendas e estratégias de comercialização para proteger margens.
Fonte: Portal do Agronegócio
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