Publicado em: 15/04/2024 às 11:00hs
No encerramento da segunda semana de abril, o comércio de trigo permanece restrito, refletindo as circunstâncias desafiadoras enfrentadas tanto pelos produtores quanto pelos compradores.
Élcio Bento, analista e consultor da Safras & Mercado, destaca que, no Rio Grande do Sul, a excepcional produtividade da safra de soja levou alguns produtores a negociar trigo para liberar espaço em armazéns. Os preços oferecidos pelos compradores na região sulista variam entre R$ 1.170 e R$ 1.200 por tonelada no FOB. No Paraná, a atenção está voltada para a safra de verão, com menos pressão de venda de trigo.
A elevação dos custos de importação, decorrente do aumento dos preços na Argentina e da valorização do dólar em relação ao real, tem gerado hesitação por parte dos moinhos em aceitar os valores solicitados pelos produtores. Ainda assim, há interesse em transações para os meses de maio e junho, com indicações no CIF em torno de R$ 1.350 por tonelada e pedidos dos produtores na faixa de R$ 1.400 por tonelada.
O relatório de oferta e demanda de trigo divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetou a produção de trigo no país para a safra 2023/24 em 1,812 bilhão de bushels, mantendo-se estável em relação ao mês anterior. Os estoques finais dos EUA para o mesmo período foram estimados em 698 milhões de bushels, superando as expectativas do mercado.
No cenário global, a produção mundial de trigo para 2023/24 foi projetada em 787,36 milhões de toneladas, ligeiramente superior às estimativas anteriores. Os estoques finais globais para o mesmo período foram estimados em 258,27 milhões de toneladas, mostrando uma leve queda em relação às projeções anteriores.
Fonte: Portal do Agronegócio
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