Publicado em: 06/05/2025 às 11:00hs
Enquanto o Rio Grande do Sul enfrenta queda nos preços devido ao aumento nas vendas por parte dos produtores, Santa Catarina e Paraná apresentam estabilidade e valores firmes, influenciados por diferentes dinâmicas de oferta e demanda.
Nas duas últimas semanas, produtores gaúchos intensificaram as vendas de trigo às cooperativas, que por sua vez abasteceram os moinhos locais. Como resultado, o mercado está saturado para o consumo de maio e parte de junho, o que provocou a retração dos preços.
Atualmente, o mercado se mantém com perfil vendedor, com cerca de 50 mil toneladas ainda disponíveis. Negociações pontuais foram registradas a R$ 1.400,00 por tonelada, e há ofertas chegando a R$ 1.390,00/t para trigo com PH 76. Para a safra futura, os preços permanecem em R$ 1.340,00/t sobre rodas no porto, mas os moinhos ainda não demonstram interesse em novas compras. Em Panambi, a saca caiu novamente, agora cotada a R$ 72,00.
Em contrapartida, o cenário em Santa Catarina é de escassez de oferta e estabilidade nos preços. Nas últimas quatro a cinco semanas, os valores praticados no balcão não sofreram alterações relevantes, e a movimentação no mercado segue tímida.
Durante a semana, uma oferta de trigo gaúcho foi registrada a R$ 1.450,00/t FOB, e uma compra de trigo melhorador no Rio Grande do Sul foi feita a R$ 1.510,00/t FOB. As pedidas no estado catarinense variam entre R$ 1.500,00 e R$ 1.520,00/t FOB. Já os preços pagos aos produtores locais continuam inalterados: R$ 78,00/saca em Canoinhas, R$ 75,00 em Chapecó, R$ 79,00 em Joaçaba e R$ 80,00 em Rio do Sul e Xanxerê.
No Paraná, a dificuldade em encontrar trigo nacional no mercado tem impulsionado a procura por trigo e farinha importados da Argentina, fator que mantém os preços em níveis elevados.
Para a safra atual, compradores estão pagando R$ 1.600,00/t com entrega em junho e pagamento previsto para julho. Vendedores, por sua vez, pedem entre R$ 1.600,00 e R$ 1.650,00/t FOB, mas o volume de negócios concretizados segue baixo. A nova safra ainda não movimenta o mercado, e os compradores indicam preços entre R$ 1.450,00 e R$ 1.500,00 CIF moinho.
Apesar do cenário de preços firmes, o lucro do produtor paranaense recuou. Segundo o Deral, a média semanal do preço subiu 0,33%, alcançando R$ 80,16/saca. No entanto, o custo de produção estimado está em R$ 73,53/saca, o que resulta em um lucro médio de 8,85% — uma queda em relação aos 13,39% registrados anteriormente.
Fonte: Portal do Agronegócio
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