Aveia, Trigo e Cevada

Lavoura de trigo é interditada após uso de produto sem registro

“Eu realmente não tinha conhecimento. Achei que poderia utilizar o produto no trigo já que a planta estava sem cachos”, afirma o produtor do município de Ouro Verde do Oeste que aplicou um produto sem registro em sua lavoura


Publicado em: 11/08/2014 às 08:50hs

Lavoura de trigo é interditada após uso de produto sem registro

Na tarde de quarta-feira (6/08), fiscais da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) interditaram a área de aproximadamente 20 hectares, após receber uma denúncia de que um agrotóxico sem autorização foi utilizado na dessecação da cultura de trigo.

O agricultor assegura que o ato não foi intencional e que irá assumir as consequências. “Tudo isso me causou grande prejuízos. Todo o maquinário rodou para plantar, passar os agrotóxicos e colher. Infelizmente, não terei o que comercializar”, lamenta ao garantir que irá procurar orientação profissional antes de adotar qualquer medida.

Conforme o fiscal de defesa da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Ricardo Moraes Witzel, assim que o escritório recebeu a denúncia foram tomadas as medidas necessárias. “Os produtos mais conhecidos no mercado não possuem registro junto aos ministérios da Agricultura, Saúde e Meio Ambiente para que sejam utilizados na dessecação do trigo”, explica.

Medida

Além de ter a cultura interditada, o produtor também foi autuado. Segundo o fiscal, a multa varia entre R$ 3 mil a R$ 5 mil. Entretanto, o profissional avalia que o maior prejuízo é ter a área interditada. O agricultor terá amplo direito de defesa e será a diretoria da Adapar de Curitiba que irá acompanhar o processo de análise e a destinação final da cultura.

Preocupação

Witzel pontua que a área foi interditada e todo o processo foi acompanhado pelos profissionais. “A aplicação do produto pode gerar algum tipo de contaminação no trigo, contudo sem análise não é possível apurar o grau. Nestes casos, o que mais gera preocupação é que, muitas vezes, o trigo colhido já vai direto para moega, silo ou para ser moído para processar e consumir”.

O secretário de Agricultura de Ouro Verde do Oeste, Irineu Groeler, alerta os agricultores. “É importante que os produtores procurem assistência técnica e façam somente a aplicação de produtos registrados. As culturas desenvolvidas no Brasil são de qualidade e devem manter o mesmo padrão. Nossa preocupação também recai sobre o trigo que é importado do Paraguai e da Argentina, se ele é devidamente fiscalizado e passa por análise”, finaliza.

Fonte: Jornal do Oeste

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