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Indústria e campo reforçam otimismo para safra de trigo gaúcho 2025 durante Giro Abitrigo

Giro Abitrigo aproxima moinhos e produtores gaúchos


Publicado em: 13/10/2025 às 17:30hs

Indústria e campo reforçam otimismo para safra de trigo gaúcho 2025 durante Giro Abitrigo

O Giro Abitrigo – Rio Grande do Sul, realizado nos dias 7 e 8 de outubro, reuniu representantes de moinhos de todo o país para acompanhar de perto as condições da safra de trigo 2025, no maior estado produtor nacional. Promovido pela Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), o evento aproximou indústria e campo, fomentando diálogo sobre qualidade, produtividade e sustentabilidade da produção gaúcha.

O superintendente da Abitrigo, Eduardo Assêncio, destacou a relevância do estado e da participação do grupo. “Reunimos moinhos responsáveis por mais de 50% da moagem nacional. O trigo gaúcho é estratégico e precisamos compreender em detalhes o que estará disponível na safra de 2025. As condições de colheita estão adequadas e há forte consciência entre os agricultores quanto à qualidade, o que permite projetar bons resultados”, afirmou.

Condições ambientais favorecem o desenvolvimento das lavouras

Segundo Alencar Paulo Rugeri, gestor da área de cultivos anuais da Emater/RS, o destaque do ciclo está nas condições ambientais favoráveis e na integração entre os elos da cadeia. “Apesar das dificuldades econômicas, como o acesso ao crédito, o fator ambiental sustentou o desenvolvimento das lavouras. Estamos em momento definidor da safra, mas os sinais são positivos, o que fortalece toda a cadeia produtiva e garante bons produtos para moinhos e consumidores”, disse.

Rugeri ainda reforçou a importância do contato direto com os moinhos: “Quanto mais conhecermos os objetivos de cada elo, mais consistente será o sucesso do trigo brasileiro.”

Produtores e moinhos destacam qualidade e potencial da safra

Para Andreas Elter, diretor do Moinho Taquariense Motasa, a visita permitiu avaliar pessoalmente a lavoura, que considera “muito bonita e sadia”, além de projetar boa qualidade e produtividade. Ele ressaltou que o clima nos próximos dias será decisivo para a colheita e elogiou a iniciativa da Abitrigo, sugerindo a ampliação do mapeamento de outras regiões.

O diretor comercial do Moinho Régio, Bruno Badotti, reforçou a relevância do contato direto com os produtores. “Ver as condições da safra pessoalmente nos traz muito mais informações para planejar os próximos meses. Para nós, moinhos, o ano comercial começa agora, com a entrada da safra no Paraná e em outras regiões. A troca de experiência é fundamental.”

O diretor industrial do Orquídea Alimentos, Felipe Tondo Pereira, também destacou a experiência positiva. “Foi enriquecedor conhecer os produtores, entender expectativas e acompanhar os cuidados com rastreabilidade e segregação. Isso nos dá confiança de que teremos bons resultados no futuro.”

Balanço positivo e desafios econômicos do setor

Ao final do giro, Eduardo Assêncio fez um balanço otimista, destacando o alto padrão tecnológico do trigo gaúcho, o avanço em manejo e sementes, e o impacto positivo do clima. No entanto, ressaltou a fragilidade econômica dos agricultores, que enfrenta desafios políticos e financeiros. “Saímos conscientes dessas dificuldades, mas otimistas quanto ao futuro da triticultura”, declarou.

O roteiro do Giro incluiu visitas a campos experimentais, propriedades rurais e empresas do setor nas cidades de Passo Fundo, Não-Me-Toque, Cruz Alta e Tapera, incluindo paradas na Biotrigo, Be8, Cotrijal, Cerealista Roos e Terraboa Agrícola.

Giros regionais fortalecem a triticultura nacional

O evento integra a série de encontros regionais promovidos pela Abitrigo, com objetivo de fortalecer o diálogo técnico entre indústria e campo, ampliando debates sobre qualidade, sustentabilidade e futuro da produção de trigo no Brasil.

Fonte: Portal do Agronegócio

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