Publicado em: 19/12/2024 às 11:00hs
Rio Grande do Sul: Foco nas Exportações e Logística
O mercado de trigo no Rio Grande do Sul tem direcionado as atenções para o trigo padrão moagem, com foco em exportações. As negociações estão concentradas entre vendedores com acesso a logística ferroviária ou proximidade aos portos. As indicações de compradores situam-se em torno de R$ 1.300,00, posto na Serra, para embarques programados entre janeiro e fevereiro, com pagamento em março. No entanto, foram registradas vendas pontuais a R$ 1.250,00 FOB para retiradas em fevereiro, destacando um cenário de negociações específicas.
Em Santa Catarina, os moinhos seguem abastecendo-se de trigo, mas enfrentam margens estreitas devido à baixa moagem. Apesar da demanda por farelo, a limitação da oferta impacta a dinâmica do mercado. Enquanto isso, cooperativas continuam recebendo lotes locais, mas os preços mais competitivos do trigo gaúcho CIF (entre R$ 1.220 e R$ 1.240, mais frete) têm prevalecido, em contraste com o trigo paranaense, que chega a R$ 1.400,00, mais frete.
Para os produtores, os preços da saca recuaram em várias regiões, como em Canoinhas (R$ 72,00) e Chapecó (R$ 69,00), reforçando a pressão sobre o mercado local.
No Paraná, o mercado apresenta sinais de estagnação. Os moinhos têm demonstrado interesse em aquisições somente a partir de janeiro, com a expectativa de maior oferta devido à necessidade de liberar espaço de armazenamento. Os preços permanecem travados, com vendedores pedindo R$ 1.450,00 FOB e compradores ofertando R$ 1.400,00 CIF moinho.
Adicionalmente, os moinhos têm priorizado estoques de trigo provenientes do Paraguai, Rio Grande do Sul e Argentina, evidenciando uma menor dependência do trigo local.
O mercado regional de trigo no sul do Brasil reflete um cenário de negociações lentas, margens pressionadas e alta sensibilidade a fatores logísticos e cambiais. Para os próximos meses, espera-se que ajustes nos preços e movimentações mais expressivas ocorram após o recesso dos moinhos, previsto para janeiro.
Fonte: Portal do Agronegócio
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