Consulta mais recente aos vendedores de trigo no Rio Grande do Sul apontam para preços impressionantemente baixos nas vendas aos moinhos e ainda assim mercado andando lentamente. Riscos à qualidade e à totalidade da área de plantio esperada no Rio Grande do Sul ainda não motivam o fechamento de novos negócios.

PREÇOS DO TRIGO GAÚCHO SEGUEM EM QUEDA

Dos corretores consultados na manhã de hoje, a maior parte destaca que os moinhos planejam pagar no máximo R$ 600/ton para o produto já entregue, algo que resultaria em um FOB de R$ 570-580/ton dependendo da região buscada.

Outros reportam que há a especulação de negócios em torno de R$ 550/ton FOB interior, com um importante agente de mercado local confirmando a realização de negócios neste patamar, inclusive para moinhos locais.

MAS COMO, SE ESTAMOS NA ENTRESSAFRA?

Abastecidos até pelo menos final de julho, com alguns reportando ter estoques até setembro e diante de uma supersafra que vem por ai, os moinhos se mostram pouco inclinados a realizar negócios, exceto para reposição de estoques. Segundo um dos entrevistados, isso poderia mudar em caso de preocupações mais concretas quanto à qualidade e quantidade do trigo safra nova.

NEM MESMO A QUALIDADE TEM CONSEGUIDO DIFERENCIAL

Nota-se que mesmo os moinhos locais não buscam qualidade panificável no trigo gaúcho neste momento, por não se proporem a pagar um diferencial de preços diante de um cenário baixista e por conta também do abastecimento anterior com o trigo argentino. Diante disso, vendedores que tem pequenos lotes diferenciados com relação à qualidade não se movimentam nas vendas.