Publicado em: 07/11/2025 às 14:40hs
O plantio da safra 2025/26 de soja no Rio Grande do Sul atingiu 14% da área prevista de 6,7 milhões de hectares até esta quinta-feira (6), segundo o boletim semanal da Emater/RS-Ascar. O índice está abaixo da média histórica para o período, de 20%, refletindo os efeitos das chuvas irregulares e do prolongamento das culturas de inverno.
De acordo com a Emater, a implantação das lavouras ocorre de forma desigual no Estado, com maior avanço nas regiões onde houve precipitações mais regulares, garantindo boas condições de germinação e emergência das plantas.
“Os produtores aguardam chuvas mais generalizadas que permitam acelerar os trabalhos e concluir o plantio até meados de dezembro, prazo habitual para o encerramento da semeadura”, informou a Emater.
Em condições climáticas normais, o Rio Grande do Sul figura entre os três maiores produtores de soja do Brasil, ao lado de Mato Grosso e Paraná. No entanto, o Estado costuma finalizar o plantio mais tarde que outras regiões do país, o que torna o impacto das variações climáticas ainda mais sensível.
A colheita do trigo também apresenta atraso no Estado, que deve se manter como principal produtor nacional do cereal nesta temporada. Conforme o levantamento, os agricultores colheram 42% da área cultivada, percentual inferior à média das últimas cinco safras (64%) para o mesmo período.
O ritmo mais lento se deve à alternância de períodos chuvosos e temperaturas amenas em setembro e outubro, o que prolongou as fases vegetativas e de formação de grãos. Apesar do atraso, o desempenho das lavouras tem sido positivo.
“O solo permanece com boa umidade e há luminosidade suficiente entre as chuvas, fatores que favorecem o peso dos grãos e a uniformidade das espigas”, destacou a Emater.
A entidade também informou que a qualidade industrial do trigo colhido permanece dentro dos padrões de panificação e moagem registrados nas melhores safras gaúchas, o que traz otimismo ao setor.
Com a irregularidade climática, tanto o ritmo do plantio da soja quanto a colheita do trigo devem seguir dependentes da distribuição das chuvas nas próximas semanas. A expectativa é de que, com a chegada de precipitações mais consistentes, os produtores consigam recuperar parte do atraso e garantir bons resultados de produtividade até o fechamento do ciclo agrícola.
Fonte: Portal do Agronegócio
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