Publicado em: 22/12/2025 às 12:20hs
O Brasil deve importar cerca de 7,3 milhões de toneladas de trigo na safra 2025/26, segundo projeção do adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O volume é praticamente o mesmo registrado na temporada anterior (2024/25), quando as compras externas somaram 7,299 milhões de toneladas.
De acordo com o órgão norte-americano, o país inicia o novo ciclo com estoques iniciais estimados em 2,687 milhões de toneladas, mantendo um nível considerado confortável para o abastecimento interno, mas ainda dependente de importações para equilibrar a oferta.
A produção brasileira de trigo para 2025/26 é estimada em 7,7 milhões de toneladas, volume semelhante ao da safra anterior. Com isso, a oferta total de trigo no país deve alcançar 17,687 milhões de toneladas, resultado que considera a soma da produção interna, estoques iniciais e importações.
O Brasil continua figurando entre os maiores importadores globais de trigo, uma vez que a produção doméstica, concentrada nas regiões Sul e Centro-Oeste, ainda não é suficiente para atender toda a demanda nacional.
As exportações brasileiras de trigo também devem registrar leve avanço. Segundo o USDA, os embarques devem passar de 1,894 milhão de toneladas em 2024/25 para 2 milhões em 2025/26, impulsionados pela boa qualidade do produto nacional e pela demanda de países da América do Sul.
Apesar do crescimento das vendas externas, o mercado interno segue como o principal destino do grão, absorvendo a maior parte da produção nacional.
O consumo de trigo no Brasil é projetado em 12,35 milhões de toneladas na safra 2025/26, refletindo a estabilidade no setor de moagem e a recuperação gradual do consumo de produtos derivados, como pães, massas e biscoitos.
Com esse cenário, os estoques finais ao término do ciclo devem alcançar 3,337 milhões de toneladas, volume acima do registrado na temporada anterior e suficiente para garantir o equilíbrio do abastecimento no curto prazo.
As previsões do USDA indicam um cenário de estabilidade para o mercado brasileiro de trigo em 2025/26, com importações mantendo-se em patamares elevados e produção nacional em linha com a média dos últimos anos.
A combinação entre demanda firme, câmbio volátil e custos de produção deve continuar influenciando a competitividade do trigo brasileiro frente ao produto importado, especialmente o proveniente da Argentina, principal fornecedor do país.
Fonte: Portal do Agronegócio
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