A quebra de produtividade provocada pelas chuvas no Paraná e no Rio Grande do Sul e os problemas climáticos também em outros países vizinhos, como Argentina e Paraguai, tendem a trazer alguma sustentação para as cotações.

No Paraná, o indicador Cepea/Esalq para o cereal subiu em outubro 6,19%, para R$ 546,37 a tonelada. O indicador no Rio Grande do Sul teve alta de 5,57%, para R$ 473,13 no mesmo período. No Paraná, diz o especialista da Safras & Mercado, Élcio Bento, as cotações já se aproximam do preço mínimo, de R$ 557,50 a tonelada (trigo pão tipo 1).

Segundo Bento, uma certa recuperação das cotações internacionais do cereal, somada ao dólar valorizado, também encareceu a importação pelo Brasil. Isso reforça a tendência de que os preços internos passem a buscar a paridade com a concorrência externa.

Até agora, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizou três leilões de Pepro de trigo da safra 2014, nos quais foram ofertadas 686 mil toneladas e arrematadas, 458 mil. Na próxima semana, mais um leilão será realizado, para escoar 211 mil toneladas.