Publicado em: 16/09/2024 às 11:30hs
O mercado de arroz continua enfrentando um impasse que persiste há semanas, resultando em crescente inquietação entre os envolvidos. Atualmente, a média do preço da saca no Rio Grande do Sul está próxima dos R$ 120,00. Entretanto, as indústrias têm dificuldades em transferir o aumento dos custos da matéria-prima para o varejo, conforme explica Evandro Oliveira, consultor e analista da Safras & Mercado.
“A situação se agrava com o consumo enfraquecido e a sensibilidade dos consumidores aos preços”, acrescenta Oliveira. O varejo, receoso de uma possível estagnação nas vendas, resiste a ajustar os preços, gerando uma crescente tensão no setor.
A Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (FEDERARROZ) divulgou uma nota pelo presidente Alexandre Velho, enfatizando a necessidade de manter os acordos estabelecidos no primeiro semestre e evitar novas instabilidades. A entidade destaca a importância de uma organização eficaz da classe orizícola para garantir o abastecimento do mercado.
Com a safra 2024/25 ainda a cerca de cinco meses de distância, o mercado enfrenta uma crescente incerteza, o que pode levar o governo a adotar medidas mais rígidas se o cenário não melhorar. “Diante dessas dificuldades, as empresas têm direcionado seu foco para os derivados e subprodutos do arroz, intensificando as exportações e promovendo campanhas para revitalizar o consumo interno”, relata Oliveira.
Essa estratégia demonstra uma tentativa de equilibrar as pressões de custo com alternativas que visam manter a sustentabilidade do setor. “O mercado continua acompanhando com cautela os próximos desdobramentos, especialmente no que se refere ao consumo e ao prolongado impasse atual”, ressalta o analista.
Na última quinta-feira (12), a média da saca de arroz no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista) foi cotada a R$ 118,10, apresentando uma queda de 0,25% em relação à semana anterior. Em comparação com o mesmo período do mês passado, houve um recuo de 0,43%, mas um aumento de 17,92% em relação ao mesmo período de 2023.
Fonte: Portal do Agronegócio
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