Publicado em: 17/06/2014 às 09:10hs
A cultura do arroz é uma das mais expressivas do agronegócio catarinense, por se tratar de um produto de alto consumo e que representa um volume expressivo da produção de grãos no Brasil. O Estado de Santa Catarina tem 8,5 mil famílias de rizicultores familiares, sendo o segundo maior produtor do grãos do País, com uma média de 1,06 milhão de toneladas cultivada numa área estimada em 151 mil hectares.
O sucesso da rizicultura catarinense se deve à pesquisa do arroz irrigado. Com o propósito de manter esta característica de produtividade, a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Arroz, presidida pelo deputado estadual José Milton Scheffer, esteve reunida na semana passada com o secretário da Agricultura, Airton Spies, para discutir sobre a estrutura da equipe de pesquisa do arroz, composta por 11 pesquisadores, que com o plano de demissão voluntária irá perder cinco deles.
No encontro, o presidente da Cooperativa Juriti, Orlando Giovanella, participou. Segundo ele, existe muita preocupação com a saída dos profissionais da Epagri que há anos buscam novas tecnologias e cultivares, porque não existe perspectiva de reposição de pesquisadores com o mesmo nível de conhecimento para dar continuidade aos trabalhos.
Para as lideranças a pesquisa é crucial, pois o setor é responsável por 1% do PIB catarinense, e emprega diretamente cerca de 50 mil pessoas, nas mais de 70 indústrias de beneficiamento, irão ficar comprometidas, uma vez que 85% do arroz plantado em Santa Catarina é proveniente dos cultivares desenvolvidos pela equipe de pesquisa da Epagri.
Ficou definido que o secretário Spies, solicitará que dos próximos 54 aprovados do concurso da Epagri, sejam solicitados cinco para ocuparem as vagas na área da rizicultura. Uma nova reunião aconteceu no dia 10 de junho, terça-feira, onde a engenheira agrônoma Cristiane Mara Fiedler representou a Cooperativa Juriti nas discussões.
Pela informação do presidente Orlando a saída dos pesquisadores se dará até 31 de maio de 2015, mas com as férias e outros benefícios, o trabalho efetivo em campo termina no final de dezembro. "Estamos cobrando do governo para que não haja um retrocesso histórico na pesquisa do arroz", registrou.
Fonte: Jornal do Vale do Itapocu
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