Arroz

Safra de arroz no RS avança mais rápido que em 2024 e reforça destaque do estado na produção nacional

Zona Sul e Fronteira Oeste lideram ritmo acelerado de plantio na safra 2025/2026


Publicado em: 11/11/2025 às 19:40hs

Safra de arroz no RS avança mais rápido que em 2024 e reforça destaque do estado na produção nacional
Foto: Fagner Almeida

O plantio do arroz no Rio Grande do Sul registra avanço acelerado na safra 2025/2026, superando o ritmo observado no mesmo período do ano passado. Segundo levantamento da Divisão de Assistência Técnica e Extensão Rural do Instituto Rio Grandense do Arroz, até 6 de novembro, 77,99% da área prevista para cultivo já estava semeada, equivalente a 717,6 mil hectares. No mesmo período de 2024, o índice era de 73,07%, com 693 mil hectares plantados.

Condições climáticas e organização impulsionam plantio

De acordo com Sérgio Cardoso, diretor de operações da Itaobi Representações, o ritmo mais rápido deste ano reflete condições climáticas favoráveis e maior organização dos produtores.

“O plantio avança mesmo diante de um mercado marcado por excesso de oferta e baixa liquidez. Isso mostra que o desafio do setor não está mais no campo, mas na recomposição da demanda interna”, explica Cardoso.

Regiões mais adiantadas

As regiões mais avançadas no estado são:

  • Zona Sul: 97,01% da área plantada
  • Fronteira Oeste: 80,48%

A região Central ainda apresenta menor percentual, com 49,83% da área prevista semeada. Os dados indicam que o Rio Grande do Sul, principal produtor nacional, deve encerrar o plantio antes do esperado, em relação aos anos anteriores.

Desafios do setor e mercado interno

Para Cardoso, o crescimento da produtividade precisa ser acompanhado de medidas para valorizar o consumo interno e reposicionar o arroz como alimento essencial.

“Sem recuperação do consumo, a pressão sobre os preços deve continuar, mesmo com boa produtividade. O desafio é equilibrar qualidade, confiança e proteção ao consumidor, garantindo sustentabilidade econômica para toda a cadeia”, afirma.

Fonte: Portal do Agronegócio

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