Publicado em: 01/12/2023 às 11:30hs
O aumento do cultivo em uma parcela da área que vinha sendo reduzida nas últimas safras no Brasil, especialmente no Sul, juntamente com o contínuo crescimento no Paraguai, são os principais fatores que impulsionam uma possível recuperação na área plantada e no volume a ser colhido na safra 2023/24 nos países arrozeiros do Mercado Comum do Sul (Mercosul). O analista e consultor da SAFRAS & Mercado, Evandro Oliveira, destaca que essa perspectiva está condicionada às condições climáticas favoráveis, especialmente se o fenômeno El Niño permitir.
No Uruguai, a estiagem na região norte em outubro e o excesso de chuvas em outras áreas forçaram praticamente uma repetição da superfície semeada. Na Argentina, prevê-se um modesto avanço, com estimativas variando de 160 mil a 200 mil hectares.
A área provável de semeadura nos quatro países do Mercosul - Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai - deve atingir 2,131 milhões de hectares, aproximadamente 1,46% acima da superfície registrada em 2022/23, conforme dados divulgados pela SAFRAS & Mercado.
As intensas enchentes no Paraguai, Argentina e sul do Brasil podem modificar esse quadro para um resultado inferior. Inicialmente, a produção é projetada para atingir 14,632 milhões de toneladas, um aumento de 6,73% em relação a 2022/23, destaca o consultor.
O México, maior deficitário nas Américas, prevê uma leve redução de cerca de 5 mil hectares, resultando em um recuo de 35 mil toneladas (base casca) na produção. Diante desse cenário, é esperado um aumento nas importações mexicanas, estimado em pelo menos 55 mil toneladas, ressalta Oliveira.
Por outro lado, a Venezuela, também um importante player nas exportações brasileiras, projeta um aumento significativo de 31 mil hectares e aproximadamente 175 mil toneladas (base casca) a mais de produção. Como resultado, as importações venezuelanas devem sofrer uma redução de aproximadamente 130 mil toneladas, conclui Oliveira.
Fonte: Portal do Agronegócio
◄ Leia outras notícias