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Preços do arroz caem mais de 40% e pressionam margens de produtores e indústria, aponta Itaú BBA

Relatório destaca desafios para a rentabilidade da safra 2024/25 e alerta para impacto nos investimentos da próxima temporada


Publicado em: 28/07/2025 às 10:10hs

Preços do arroz caem mais de 40% e pressionam margens de produtores e indústria, aponta Itaú BBA
Queda expressiva nas cotações do arroz em 2025

O mercado de arroz enfrenta um cenário de forte correção nos preços desde o início da colheita, em março. De acordo com relatório divulgado pelo Itaú BBA, o arroz em casca foi negociado a R$ 67,19 por saca de 50 kg em junho de 2025, uma queda de 41% em comparação ao mesmo período de 2024.

Essa redução significativa tem afetado diretamente as margens dos produtores e da indústria, gerando incertezas quanto aos investimentos na próxima safra (2025/26).

Rentabilidade da safra atual é motivo de preocupação

Com a rentabilidade da safra 2024/25 sob pressão, cresce o receio de que os produtores reduzam os aportes na próxima temporada. A alta oferta, aliada à queda dos preços, pode até reduzir o custo da matéria-prima para a indústria, mas não elimina os desafios no repasse de outros custos operacionais.

Despesas com logística, embalagens e armazenamento continuam pesando sobre o setor, num momento em que o varejo mostra maior cautela e trabalha com estoques reduzidos.

Indústria enfrenta dificuldade para manter margens

Apesar da queda nos preços no atacado, o recuo não tem acompanhado a intensidade observada nas cotações do arroz no campo. Com o consumo mais retraído, vender o produto a preços que garantam margem de lucro tem se tornado um desafio para a indústria no início do ciclo de comercialização da nova safra.

Importações ganham atratividade e aumentam a pressão

A boa disponibilidade de arroz no Mercosul, somada à valorização do real frente ao dólar, tem favorecido as importações tanto de arroz em casca quanto do grão beneficiado. No entanto, a entrada de produto já processado no mercado nacional intensifica a pressão sobre as margens da indústria, que ainda lida com estoques adquiridos a preços mais altos na temporada passada.

Fonte: Portal do Agronegócio

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