Publicado em: 29/05/2025 às 11:55hs
A Índia anunciou um aumento de 3% no preço mínimo de compra do arroz comum para a nova safra dos agricultores locais. Esse é o menor reajuste registrado nos últimos cinco anos, refletindo o desafio do governo em administrar estoques recordes após uma colheita histórica no ano passado.
Como segundo maior produtor mundial de arroz e maior exportador, com mais de 40% da participação no mercado global, a Índia define preços mínimos para garantir a compra da produção dos agricultores e apoiar o programa de segurança alimentar do país.
Para o arroz comum em casca, o governo estabeleceu o preço de suporte em 2.369 rúpias (US$ 27,76) por 100 kg, acima das 2.300 rúpias praticadas no ano anterior, conforme informou a Ministra da Informação e Radiodifusão, Ashwini Vaishnaw.
No ano passado, o aumento foi de 5,4%, portanto, o reajuste atual é significativamente mais contido.
Segundo BV Krishna Rao, presidente da Associação de Exportadores de Arroz, o pequeno aumento no preço mínimo ajuda os exportadores indianos a manterem competitividade frente a concorrentes como Tailândia e Vietnã.
Apesar do suporte aos produtores, o governo enfrenta um problema crescente: os estoques de arroz acumulados nos armazéns públicos atingiram 59,5 milhões de toneladas em 1º de maio, mais de quatro vezes acima da meta oficial.
Um comerciante de Mumbai destacou que o governo não deseja um aumento significativo na produção de arroz para evitar maiores complicações, esperando que os agricultores diversifiquem suas plantações para outras culturas.
A produtividade do arroz na Índia depende das chuvas de monção, que são essenciais para o cultivo dessa planta que demanda muita água. Para 2025, o departamento meteorológico do país prevê chuvas acima da média pelo segundo ano consecutivo, o que pode influenciar a safra.
Além do arroz, o governo também elevou os preços mínimos de compra para outras culturas importantes:
Fonte: Portal do Agronegócio
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